Partilhareste artigo
O setor empresarial português registou, em 2022, crescimentos homólogos nominais de 22,5% no volume de negócios, 19,9% do Valor Acrescentado Bruto (VAB) e de 26,1% do Excedente Bruto de Exploração (EBE), anunciou esta sexta-feira o INE.
Relacionados
Segundo os resultados definitivos das Estatísticas das Empresas em Portugal para 2022, obtidos através do Sistema de Contas Integradas das Empresas (SCIE), houve uma aceleração face ao crescimento em 2021 nos campos do volume de negócios (15,9%) e do VAB (15,4%), enquanto a variação do EBE foi ligeiramente inferior ao registado no ano anterior (26,8%).
A acompanhar estas subidas estiveram, também, o pessoal ao serviço e os gastos com pessoal, que aumentaram 5,8% e 12,6%, respetivamente, contra subidas de 2,3% e 8,9% em 2021.
A nível de empresas, no final de 2022 havia 488.807 sociedades não financeiras (mais 4,3% face a 2021), que aumentaram subidas de 5,2% no pessoal ao serviço, 24,1% no volume de negócios, 18,6% no VAB e 24,2% no EBE (+2,9%, +16,2%, +16,3% e +30,3%, respetivamente, em 2021).
No global do país, o setor empresarial contava com 1.453.728 empresas em atividade, traduzindo-se num aumento de 7,0% face a 2021, entre as quais 65,8% eram individuais e 34,2% sociedades. Por composição, as empresas individuais cresceram 8,4% e as sociedades 4,2% em 2022, acelerando face aos respetivos 2,8% e 4,0% em 2021.
Subscrever newsletter
Entre as empresas de grande dimensão, o INE regista que se “evidenciaram crescimentos superiores na maioria das variáveis económicas, com exceção do VAB em que as PME registaram um crescimento ligeiramente superior às grandes (18,9% e 18,1%, respetivamente)”.
O instituto estatístico assinala que em 2022 existiam 30.742 “sociedades com perfil exportador em Portugal”, mais 8,9% que em 2021 e representando 6,3% do total das não financeiras. Estas empresas representavam 23,7% do pessoal ao serviço, 37,1% do volume de negócios, 32,8% do VAB e 32,1% do EBE das sociedades não financeiras.
No que às individuais diz respeito, o INE aponta que as principais variáveis económicas “já atingiram em 2022 os valores observados antes da pandemia”.
Pelo lado das financeiras — que inclui atividades de serviços financeiros, seguros, resseguros e fundos de pensões ou atividades auxiliares destes serviços –, houve aumentos de 29,4% do VAB e de 1,1% do volume de negócio, apesar de uma descida de 2,6% no número de empresas em atividade.
O setor da indústria e energia, com 8,4 pontos percentuais, “continuou a ser o que mais contribuiu para o crescimento do volume de negócios”, totalizando 38.459 milhões de euros, sendo seguido pelo do comércio (6,2 pontos percentuais, 28.302 milhões de euros).
Quanto ao VAB, os setores de outros serviços (3,9 p.p. e 4.640 milhões de euros) e de alojamento e restauração (3,2 p.p. e 3.821 milhões de euros), ao passo que no EBE os maiores contributos foram dos serviços financeiros (5,5 p.p. e 2.882 milhões de euros) e outros serviços (4,4 p.p. e 2.297 milhões de euros).
A produtividade aparente do trabalho atingiu 34.994 euros por pessoa ao serviço, enquanto a remuneração média anual ascendeu a 17.296 euros por pessoa ao serviço remunerada, o equivalente a crescimentos homólogos de 11,2% e de 7,5%, respetivamente.
Deixe um comentário