A votação para a designação do candidato europeu à sucessão de Christine Lagarde na liderança do Fundo Monetário Internacional (FMI) está a decorrer, indicou hoje o Ministério das Finanças francês.
Os Governos da União Europeia estão neste momento a votar para escolher o seu candidato entre os quatro que mantiveram a sua candidatura à liderança do FMI: a Ministra das Finanças espanhola, Nadia Calviño, o holandês Jeroen Dijsselbloem, o governador do banco central finlandês, Olli Rehn, e a búlgara Kristalina Georgieva, atual ‘número dois’ do Banco Mundial.
O ministro das Finanças português e presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, desistiu na quinta-feira à noite de concorrer à eleição para candidato europeu à liderança daquela instituição, justificando a decisão com a tentativa de alcançar um consenso comunitário.
Também o Reino Unido optou por não apresentar um candidato, depois de na quinta-feira o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, que coordena o processo de escolha de um candidato na União Europeia (UE), ter oferecido ao novo Governo britânico, liderado por Boris Johnson, a possibilidade de apresentar um candidato, “se assim o desejasse”.
A votação está a decorrer “segundo as regras europeias de maioria qualificada”, que estipulam que o eleito tem de recolher o apoio de 55% dos países-membros representando pelo menos 65% da população da UE.
“Podem ser organizadas várias fases de votação, se for necessário”, precisou o ministério francês.
Incumbido pelos seus colegas europeus de coordenar as conversações para designar um candidato europeu à sucessão da francesa Christine Lagarde, Bruno Le Maire constatou na quinta-feira que não havia um consenso entre os 28 sobre qual o nome a indicar para a liderança do FMI, tendo decidido abrir uma votação para eleger o candidato europeu.
Desde a sua criação, em 1944, aquela instituição foi sempre dirigida por um europeu, enquanto o Banco Mundial foi sempre liderado por um americano.
Lagarde, a primeira mulher a liderar o FMI, deixa o cargo para substituir Mario Draghi como presidente do Banco Central Europeu (BCE).
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