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A bolsa nova-iorquina encerrou em alta esta quarta-feira com os investidores a celebrarem a decisão de Reserva Federal (Fed) de manter a taxa de juro de referência e a possibilidade de mais descidas, o que fez cair os rendimentos obrigacionistas.
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Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average progrediu 1,40% e superou pela primeira vez o limiar dos 37 mil pontos, ao fechar em 37 090,24. O alargado S&P500 ganhou 1,357% e o tecnológico Nasdaq 1,29%.
Os rendimentos obrigacionistas, que evoluem em sentido contrário ao dos preços destes títulos, baixaram para o nível mais baixo desde o início de agosto, com os dos títulos a 10 anos a recuarem para 4,01%, dos 4,20% da véspera.
A reunião do comité monetário da Fed [FOMC, na sigla em Inglês] foi “muito pomba”, resumiu Peter Cardillo, da Spartan Capital, usando o calão dos investidores para descrever uma atitude mais acomodatícia do banco central.
Como previsto, o FOMC manteve a sua taxa de juro de referência pela terceira sessão consecutiva, mantendo-a no seu nível mais alto desde há 22 aos para controlar o crescimento dos preços.
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Mas a previsões económicas que divulgou saíram mais otimistas do que as esperadas, com uma inflação prevista de 2,4% no final de 2024, abaixo dos 2,5% anteriores.
E sobretudo as famosas projeções médias de evolução das taxas, feitas individualmente pelos membros do FOMC, mostram que a Fed pode reduzir a taxa de juro de referência “três vezes, no próximo ano”, apontou Peter Cardillo. “A questão é saber quando”, acrescentou.
Para Chris Low, economista-chefe da FHN Financial, “dada a possibilidade de reduzir a taxa por três vezes (…) faz sentido pensar que a primeira redução aconteça em junho”.
O presidente da Fed, Jerome Powell, reconheceu que o calendário de uma eventual baixa da taxa foi “tema de discussão” durante a reunião do FOMC. Não foi preciso mais para agradar aos investidores.
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