//Zmar rejeita migrantes a morar no resort e promete lutar até ao fim contra requisição civil

Zmar rejeita migrantes a morar no resort e promete lutar até ao fim contra requisição civil

“O alojamento de cidadãos (sejam eles infetados, em isolamento profilático ou em acolhimento provisório) dentro das instalações do Zmar torna incompatível a normal utilização dos proprietários de casas no Zmar e a normal atividade turística do resort”, diz a administração da insolvente Multiparques, a empresa que detém o parque de campismo e restantes instalações turísticas na Zambujeira do Mar.

Os representantes da chamada massa insolvente do Zmar reagem assim ao governo, nomeadamente ao ministro Eduardo Cabrita, que esta terça-feira deu mais detalhes sobre como pode ser o envolvimento do Zmar no apoio aos imigrantes precários e na ajuda contra a pandemia que estava com valores muito elevados nas freguesias de São Teotónio (onde fica localizado o resort) e de Longueira-Almograve.

Horas antes, o ministro da Administração Interna disse que os espaços considerados de uso público ou coletivo do empreendimento turístico Zmar, na Zambujeira do Mar, concelho de Odemira — neste caso, 100 casas do “parque de campismo” que são do empreendimento e não de proprietários particulares — é que vão ser alvo de requisição civil. As restantes 160 casas do resort são propriedade de particulares e o governo promete não lhes tocar.

Como referido, atualmente, 100 casas ​​​​​​​estão vazias, até porque o governo decretou cerca sanitária na região e mandou encerrar todos os estabelecimentos turísticos. Este regime durará até 15 ou 16 de maio, pelo menos.

O objetivo é que possam ser acolhidos aqui entre 90 a 120 trabalhadores agrícolas imigrantes do sudoeste alentejano que precisem de permanecer em isolamento ou de alojamento com condições decentes, quantificou esta terça-feira, Eduardo Cabrita.

Abrir o Zmar a turistas, não a trabalhadores agrícolas