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O presidente executivo e do Conselho de Administração da TAP, Luís Rodrigues, completa neste sábado 100 dias na liderança da companhia aérea, marcados pelo acordo com o sindicato dos pilotos que põe fim aos cortes salariais.
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Luís Rodrigues tomou posse como presidente do Conselho de Administração (PCA) e presidente executivo (CEO) da TAP em 14 de abril, decorria já a comissão de inquérito à companhia aérea, constituída no seguimento da polémica indemnização de meio milhão de euros paga à ex-administradora Alexandra Reis, que levou a uma remodelação no Governo e à demissão por justa causa dos anteriores responsáveis da transportadora aérea, Manuel Beja e Christine Ourmières-Widener.
O nome de Luís Rodrigues tinha sido já anunciado em 6 de março, pelo ministro das Infraestruturas, João Galamba, na mesma conferência de imprensa em que, juntamente com o ministro das Finanças, Fernando Medina, foram anunciadas as exonerações dos seus antecessores nos cargos.
Até então, Luís Rodrigues liderava a companhia aérea açoriana SATA que, tal como a TAP, recebeu uma ajuda estatal e foi alvo de uma reestruturação.
A escolha do Governo para a liderança da companhia aérea de bandeira foi bem recebida pelo setor da aviação, incluindo sindicatos.
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No dia em que regressou à TAP, onde já tinha sido administrador executivo entre 2009 e 2014, Luís Rodrigues disse que ia olhar para o dossiê sobre os cortes salariais, aplicados no âmbito da reestruturação e fixados em 20% para salários acima de 1.520 euros.
Já no final de junho, após longos meses de negociação, o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) aprovou o novo acordo de empresa (AE) da companhia aérea, que elimina os cortes salariais a que estavam sujeitos nos acordos temporários de emergência (ATE), assinados em 2021, no âmbito do plano de reestruturação aprovado por Bruxelas.
Esta foi a primeira vitória de Luís Rodrigues, que herdou um pesado dossiê laboral quando assumiu o comando da companhia num contexto de grande instabilidade social, após meses de braço de ferro entre sindicatos e a gestão de Christine Ourmières-Widener, que não conseguiu evitar uma greve de tripulantes, em dezembro, que teve um impacto de cerca de oito milhões de euros na companhia.
Resta agora fechar o acordo com as restantes estruturas representativas dos trabalhadores (são 13 ao todo), que esperam encerrar as negociações no verão.
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