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Foi há dez anos que os portugueses tiveram, pela primeira vez, a oportunidade de fazer compras num marketplace, um espaço comum online onde várias marcas podem vender os seus produtos. O lançamento deste primeiro “centro comercial online” no nosso país foi levado a cabo pela Fnac, que este ano comemora a primeira década do seu marketplace.
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Dez anos que foram, de acordo com a marca, recheados de desafios, de muitas interações com parceiros das mais variadas aéreas, diferentes culturas e dimensões. A chegada, ao panorama nacional, desta nova forma de comprar veio colmatar uma lacuna que a Fnac identificou como oportunidade de negócio.
“À data (em 2013) não existia nenhum marketplace de domínio PT a operar no mercado. A oferta era limitada ao que cada site de e-commerce trabalhava em direto e não havia a noção do que era este modelo de negócio”, recorda o diretor de e-Commerce, Logística e Supply Chain. Como frisa Tiago Figueiroa, com o marketplace da Fnac foi possível alargar o catálogo disponível de “uma forma muito mais rápida e com a manutenção da qualidade a que a marca habituou o mercado nacional”.
Com a chegada deste canal apareceu, também, a possibilidade de muitos vendedores terem acesso ao e-commerce, algo que Tiago Figueiroa acredita seria “muito complexo se o pretendessem fazer em direto”. Tanto pelo investimento e know-how associados, como pelo “elevado esforço de promover a confiança dos clientes nos seus serviços”. Ao todo, reforça o responsável, a Fnac já “abriu as portas a mais de dois mil vendedores, sejam eles portugueses, ibéricos, europeus ou mesmo asiáticos”.
A estratégia da Fnac durante a primeira década de vida do marketplace, garante o responsável, foi sempre levada a cabo com base na diversificação, para assim garantir uma gama adicional e complementar ao tradicional da marca. Passando, também, por garantir as melhores ofertas do mercado, através de parceiros certificados e com níveis de serviço monitorizados de perto para assegurar a satisfação do cliente. “Orgulhamo-nos de, ano após ano, a avaliação média feita pelos nossos clientes aos nossos vendedores se manter nos 4,5 em cinco”, reforça o diretor e-Commerce, Logística e Supply Chain da empresa.
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Atualmente o marketplace Fnac conta com mais de 660 vendedores ativos e oferece aos seus clientes cerca de oito milhões de artigos. As vendas, diz Tiago Figueiroa, têm crescido todos os anos “de forma muito expressiva e tem sido um crescimento muito sustentado em áreas complementares às que são trabalhadas pela Fnac em direto”. Tanto que, mais de 90% das vendas são de artigos que a marca não comercializa diretamente, o que reforça a satisfação pela estratégia de diversificação. Assim, e com pouca concentração de referências, as vendas são distribuídas por milhões de artigos.
Ao longo dos últimos anos, as categorias que têm conseguido resultados muito positivos e consistentes são os Grandes Eletrodomésticos, a Casa e Decoração, o Desporto e a Bricolage e Jardim, detalha a empresa. Da mesma forma, e com um desempenho que Tiago Figueiroa considera muito bom, estão, por exemplo, os jogos e brinquedos e livros em outros idiomas. Em jeito de balanço, o responsável revela que em dez anos, o marketplace da Fnac cresceu 35 vezes face ao ano do arranque.
E, sem avançar valores, diz ainda que o canal teve, em 2022, “um volume de vendas alinhado com as lojas do primeiro cluster de vendas”. Um resultado que ficou acima do período pré-covid. Para o resto deste ano, a expectativa é que 2023 termine de acordo “com o comportamento até à data”, embora como em todos os negócios, a inflação também deixou a sua impressão no marketplace Fnac. Não que a marca tenha registado uma retração em termos de compras, mas verificou uma alteração no comportamento dos consumidores, sendo o aumento das vendas de artigos recondicionados um exemplo desse facto.
O marketplace Fnac foi primeira plataforma deste género de negócio online a nascer em Portugal, mas em dez anos já apareceram muitas mais. Assistimos, em especial, a um crescimento exponencial destas plataformas, na altura da pandemia. Apesar de tudo, Tiago Figueiroa acredita que no mercado luso ainda iremos ter o aparecimento de várias novas plataformas neste canal, embora considere que as que já existem vão desenvolver-se e apresentar novas valências e características. Mas, “para que o sucesso se mantenha na mesma linha de crescimento, é fundamental que a qualidade e confiança se mantenham como pontos fulcrais do negócio”, alerta.
E explica, ainda, que a Fnac tem como prática regular partilhar a experiência que vai angariando com o desenvolvimento do negócio no retalho. Já para o marketplace que lidera, e nos próximos anos, o responsável deseja que este “continue a marcar a habitual relevante presença mercado português, ajudando a desenvolver o mesmo”. Ao mesmo tempo, conta continuar a ter um crescimento ao nível dos últimos dez anos, mantendo um investimento contínuo no desenvolvimento da plataforma. “Estamos confiantes que os nossos clientes irão continuar a olhar para a Fnac como a loja de confiança que reúne os melhores parceiros”.
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