Sol, praia e golfe dão o mote para fazer do Algarve uma das maiores regiões de turismo de Portugal. As unidades de alojamento turístico a sul receberam mais de 4,6 milhões de hóspedes em 2018, apenas aquém de norte e Área Metropolitana de Lisboa, e, até março, os últimos dados do INE indicavam que a região recebeu quase 594 mil hóspedes, mais 34 mil do que um ano antes. E ainda não entram nestas contas os meses mais fortes para a atividade turística a sul: de abril a outubro, a ocupação vai crescendo sempre, acompanhando a subida dos termómetros. É essa disparidade, fruto da sazonalidade, que se quer combater e aqui o Centro de Congressos do Algarve tem um papel a desempenhar.
Reinaugurado há um ano, a ideia é que este local consiga atrair à região eventos que preencham a época baixa. “O Centro de Congressos do Algarve foi criado para a região, não só para Vilamoura. Com 7 mil metros quadrados, pode receber 5 mil ocupantes – são as 5 mil camas que Vilamoura tem no segmento quatro e cinco estrelas”, a metros deste centro, explica, ao Dinheiro Vivo, o diretor-geral, Hugo Gonçalves. “O espaço foi desenvolvido com o intuito de ter uma oferta para épocas do ano em que o Algarve não é tão procurado.”
Reaberto em junho do ano passado, o centro foi alvo de obras de renovação, num investimento na casa dos dez milhões de euros realizado pelo grupo Minor Hotels, dono do vizinho Tivoli Marina de Vilamoura, onde os participantes dos eventos podem ficar. Há ainda parcerias firmadas com outras unidades próximas. “Temos acordos com praticamente todos os hotéis [que estão a uma distância a pé] porque é uma mais-valia para todos. Quando falamos do centro de congressos e deste tipo de mercado, não são só as dormidas que são importantes. Estas pessoas usam outros serviços, como a restauração, o comércio e as instituições locais que suportam o turismo. Aproximamo-nos [das outras organizações] para que tudo isto funcione como um todo e tem mesmo de ser assim, senão perde-se.”
Nesta altura, só é possível comparar o último trimestre de 2018 com os primeiros seis meses deste ano. Ainda assim, segundo Hugo Gonçalves, foram realizados em média dez eventos por mês, com mais de 50 pessoas, no Centro de Congressos do Algarve. Já com marcações para 2020, o responsável acredita que vai receber, nos três primeiros meses do ano, pelo menos 15. “Não só cresceu o tipo de eventos ligados a empresas mas também o que definimos como estratégico, a vertente social e cultural”, diz, acrescentando que “o que está projetado para 2020 inclui não só eventos corporativos mas também espetáculos.”
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