Partilhareste artigo
Estava a ser desenvolvida, há um ano, no segredo dos deuses, mas a a.li.ás, a nova marca portuguesa de calçado ecológico, unissexo e atemporal, foi esta semana formalmente apresentada. E embora a loja online só esteja a funcionar há uma semana, os primeiros pares foram já vendidos e expedidos, para Portugal e para a Alemanha. A loja virtual está preparada para servir o mercado europeu, mas serão quatro os grandes mercados de aposta imediata: Portugal, Espanha, Itália e Alemanha.
Relacionados
O design e a criação da a.li.ás é da responsabilidade da AJM, empresa cofundada por Amílcar e João Monteiro – respetivamente pai e filho e que durante anos estiveram ligados ao grupo Kyaia, de que Amílcar ainda é sócio -, tem sede em Esmoriz, mas a produção é subcontratada em fábricas de Felgueiras. Quanto aos materiais, são “preferencialmente” nacionais, embora possam ser importados de mercados europeus. “Já recusámos materiais muito interessantes só porque vinham da Ásia. A marca quer ser muito consequente em tudo o que faz”, diz João Monteiro.
Quanto ao projeto, reconhece que há muito que pai e filho tinham “ideias para fazer as coisas de forma diferente” no mundo da moda e que esta marca vem “refletir isso mesmo”. A sustentabilidade está patente na escolha de matérias-primas orgânicas, como o bio couro, algodão certificado (Better Cotton Initiative), burel, tecido artesanal proveniente de lã de ovelhas da Serra da Estrela, ou borracha natural totalmente reciclável, entre outros, mas também na forma de construção do próprio sapato, de modo a que, futuramente, venha a ser possível recolher o calçado em fim de vida, desmontá-lo e reaproveitar todos os seus componentes.
Disponíveis nos tamanhos do 35 ao 46, estes são modelos pensados tanto para homem como para mulher, o que faz sentido não apenas numa sociedade “que se pretende cada vez mais inclusiva”, mas também porque isso permite sinergias várias, designadamente a nível de promoção.
E é uma marca atemporal porque pretende ter alguns modelos mais apropriados para o inverno ou o verão, como os chinelos flip-flop, mas sem uma infinidade de modelos e coleções associados. Uma marca que “acredita na diversidade e na inclusão”, disponibilizando produtos “cujos ciclos de vida se prolonguem além dos tradicionais ciclos da indústria da moda”.
Subscrever newsletter
Com preços de venda ao público que variam entre os 35 euros, no caso dos chinelos, e os 130 euros dos sneakers, a marca está apostada no negócio do B2C, através do online, enquanto prepara o caminho da chegada ao segmento de retalho, que será feito de uma forma igualmente sustentável, tentando minimizar a pegada ambiental.
“Em vez de fazermos dezenas de amostras para corrermos as feiras todas, vamos ter embaixadores em cada mercado que irão suporta-se muito em apresentações digitais, de grande qualidade, e dois ou três modelos físicos, para dar a conhecer a marca. O ambiente agradece”, sublinha João Monteiro. Quanto a feiras, a intenção é fazer uma “escolha muito criteriosa” dos certames internacionais para apresentar a marca, com especial destaque para feiras dedicadas especificamente ao segmento sustentável.
Deixe um comentário