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O âmbito de atuação da EI é o mercado ibérico. Como estão a correr as vendas em Espanha?
A abordagem ao mercado espanhol começou a partir do início de 2021, a partir da aprendizagem que fizemos em Portugal. São mercados diferentes. O espanhol tem mais barreiras, a instalação de painéis solares está sujeita a pedido específico à autarquia e à empresa de distribuição, é um processo complexo. Estamos agora a começar, com um delay de seis meses.
Há muitos operadores no mercado, quais são as mais-valias da oferta da EI?
É muito importante para nós termos uma oferta muito competitiva, que oferece poupanças garantidas aos consumidores. É o mais importante. O resto perde relevância se não se for competitivo. A nossa diferenciação é que estamos na gama de preço certo, mas também oferecemos uma solução costumizada, baseada em algoritmos de inteligência artificial e big data. Procuramos ajudar o consumidor a tirar o melhor partido do investimento que faz. A nossa oferta está assente em três valores, a visibilidade, a atratividade e a simplicidade. O nosso objetivo é que toda a gente que tem um telhado pense no autoconsumo. Queremos ajudar todos na transição energética com um custo de investimento muito baixo.
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Têm estado focados nas moradias, e os prédios?
Temos estado focados nas casas unifamiliares, porque é mais simples e temos de as resolver primeiro. Nos condomínios, há interesses diferentes, a legislação também é diferente, é uma situação mais complexa, mas estamos a preparar-nos. Estamos a analisar diferentes opções e diferentes formas, mas vamos estar lá a curto prazo. Mas não lhe sei apontar uma data ainda.
Como é que a pandemia afetou o negócio?
Nós arrancamos no meio da pandemia e tivemos muitas dúvidas se as pessoas estariam disponíveis para investir num período de grande incerteza. Não temos termo de comparação, mas achamos que, no caso da pandemia ter tido algum impacto, este terá sido positivo porque as pessoas estão mais preocupadas com as questões ambientais.
A EI quer ser o líder de mercado. Em que prazo?
A nossa ambição é essa e nisso que estamos a investir todos os nossos recursos. Quando não depende só de mim, mas havemos de lá chegar. Quando se fala com os especialistas, todos nos apontam metas para 2030. Portanto, esta é uma transformação que cai começar a acontecer a partir de agora. Se temos números para ver qual é a nossa quota de mercado? Claro que sim, mas achamos que o mais importante é fazer cada vez melhor em cada dia. Temos planos, claro, e sabemos o potencial do mercado, mas não estou obcecado com essa perspetiva. O importante é que o crescimento tem sido exponencial e nós estamos cá para ficar.
Quando terão soluções de armazenamento disponíveis?
É uma questão de semanas. As motivações dos consumidores não são todas iguais. Há clientes que só querem poupar dinheiro na sua conta mensal e estão a olhar para a questão mais economicista destas soluções; há outros que estão dispostos a soluções mais sofisticadas. A razão para instalar um sistema de armazenamento não tem a ver diretamente com a questão da rentabilidade ou de poupança, mas de maior independência da rede energética. É uma tecnologia que não é barata, ainda. Não estamos a lançar isto já numa lógica universal, mas todo o cliente que queira um sistema de armazenamento associado, nós estaremos preparados para o entregar.
E quanto a expansão, há intenção de alargar a EI a outros mercados?
Antes de avançar para outros países temos de ser extraordinários onde estamos. Às vezes falamos da Península Ibérica, mas são dois mercados distintos, e temos ainda muito a fazer aqui antes de avançar para qualquer outro país. Sabemos que o nosso modelo é replicável, portanto podemos ir para outros mercados, mas, para já, estamos focados em consolidar [a nossa posição] em Portugal e Espanha.
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