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Era uma vez uma amêndoa que sonhava ser tarte… e o sonho tornou-se realidade. A Tarte nasceu em 2012 pelas mãos de Catarina Noronha e Vasco Valença, mas o produto em si não era desconhecido dos amigos de ambos.
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Sempre que havia uma ocasião que juntava várias pessoas, Vasco Valença fazia questão de os presentear com a sua tarte de amêndoa. “Nós costumamos dizer que os amigos foram os grandes impulsionadores deste negócio, porque foram eles e para eles que A Tarte nasceu”, diz, ao Dinheiro Vivo, Catarina Noronha.
Com formação em Marketing e Comunicação, a gestora acabou por sair da agência onde trabalhava para embarcar com o amigo nesta aventura, de “tirar a tarte de casa e dá-la a conhecer às pessoas”. Por seu turno, Vasco Valença que é engenheiro alimentar, ainda demorou uns anos a deixar a profissão até se dedicar só ao negócio. A Tarte foi lançada numa fase de recessão, recordam os seus fundadores.
Na altura, as tartes de amêndoa começaram a ser comercializadas via Facebook, tendo passado, depois, a ser vendidas numa mercearia, em Lisboa. Dali, tornaram-se disponíveis em vários outros parceiros, até a dupla ser desafiada a abrir um ponto de venda e um corner temporário no El Corte Inglés, em 2013. “O primeiro Natal foi uma loucura de trabalho. Fizemos mil tartes e tínhamos filas enormes. No fim de semana, vedemos duas mil fatias”, recorda Catarina Noronha.
A produção acontecia em casa da empresária, mas teve de ser transferida para Sintra. A empresa acabou mesmo por comprar a fábrica onde já eram produzidos os gelados que, entretanto, se juntaram à tartes. “A empresa saiu de lá e nós ficamos com as instalações que já tinham o equipamento”, detalha Vasco Valença.
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Com a chegada da pandemia, os sócios decidiram avançar com as vendas online. “Quando rebentou a pandemia, colocámos em minha casa uma arca, um terminal POS e um ponto de venda da Uber. Tinha os estafetas à porta”, recorda Catarina Noronha, revelando que a empresa teve, em 2022, um crescimento de encomendas de 30%. E prevê fechar este ano com um aumento de 40%. “Temos feito o nosso caminho de uma forma muito sustentada. Portanto, começámos com o gelado e com a tarte. Hoje temos uma gama de sabores alargada, com alguns best sellers”, tanto de gelados, como de tartes. E ainda de cookies.
O mentor dos produtos é Vasco Valença, com ideias novas, para novos produtos, mas é firmemente circunscrito pela sócia. “Eu não vejo isto como um trabalho, isto é mais como um escape criativo”, diz Vasco Valença. Com tantos produtos a serem feitos, a fábrica de Sintra começa a ficar pequena.
Os sócios ainda não sabem se mudam de espaço ou começam a passar a produção de gelados para empresas de outsourcing. Mas sabem, no entanto, que ainda têm muito mercado em Portugal para explorar, embora a expansão internacional também esteja na mira. “Não temos medo de o fazer, só temos de encontrar o parceiro certo”, afirma o gestor.
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