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O colapso bancário nos EUA, com a falência do Silicon Valley Bank e, por arrasto, o encerramento do Signature Bank, levou a uma corrida à Bitcoin, que ontem atingiu o valor mais alto desde o início do ano: 26 514 dólares ou cerca de 24 702 euros, segundo o CoinMarketCap, o site de referência para a monitorização de criptomoedas. E é preciso recuar nove meses, a junho de 2022, para encontrar um montante mais elevado: 30 215 dólares ou cerca de 28 148 euros.
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Nas últimas 24 horas, entre segunda e terça-feira, a Bitcoin valorizou em média 5%, quando os mercados bolsistas nos EUA e na Europa, nomeadamente as ações da banca, tinham registado perdas assinaláveis na última segunda-feira.
“A Bitcoin foi criada como resposta à crise do sistema bancário de 2008, por isso, os investidores voltaram a olhar para esta criptomoeda como um refúgio ao sistema financeiro tradicional, tal como há 15 anos”, afirmou ao Dinheiro Vivo o presidente da Associação Portuguesa de Blockchain e Criptomoedas (APBC), Nuno Lima Luz.
Do mesmo modo, a maioria das restantes critptomoedas valorizaram nos últimos dois dias, após o colapso do californiano Silicon Valley Bank e do encerramento do nova-iorquino Signature Bank, enquanto as moedas fiduciárias registaram perdas, como o euro.
Questionado se estamos perante um início de uma nova blue run, ou seja, uma corrida à compra criptoativos, Nuno Lima Luz é mais cauteloso: “É necessário analisar o comportamento dos investidores nas próximas semanas, ainda que, no caso concreto da Bitcoin, a subida tenha sido significativa”.
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