//Ação para travar furo de petróleo em Aljezur em risco de anulação

Ação para travar furo de petróleo em Aljezur em risco de anulação

Uma ação judicial interposta pela Associação de Surf e Atividades Marítimas do Algarve (ASMAA) para travar o furo de prospeção de petróleo em Aljezur corre o risco de ser anulada se, até ao dia 28 de setembro, cidadãos e organizações não comunicarem ao tribunal que aceitam ser representados pela associação.

Segundo a ASMAA, “os advogados do Governo e da ENI/Galp tentam anular a ação invocando ilegitimidade da associação de representar milhares de pessoas que se opõem aos furos petrolíferos”.

A associação apela no seu site para que cidadãos e organizações “comuniquem ao tribunal o seu apoio à ação, de modo a garantir que a mesma será julgada e não anulada com base em truques administrativos”.

O Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé publicou um anúncio no dia 21 de setembro no jornal Público a dar aos interessados 10 dias, a contar dessa data, para declararem nos autos se aceitam ser representados pela ASMAA na ação contra o furo.

A ação a pedir o cancelamento dos contratos petrolíferos no mar do Alentejo foi interposta a 6 de abril deste ano com base “em vícios dos contratos, ilegalidades e inconstitucionalidades várias”.

No dia 14 de agosto a ASMAA impugnou no mesmo tribunal a decisão da Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis, de 9 de janeiro, e o parecer da Agência Portuguesa do Ambiente, de 16 de maio, contra uma avaliação de impacto ambiental pelo consórcio ENI/Galp.

Há uma semana, o Bloco de Esquerda questionou se o diretor-geral de Política do Mar e ex-gestor da Galp, Ruben Eiras, pode exercer a função. O Bloco interrogou ainda o gabinete da ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, sobre uma eventual incompatibilidade do antigo quadro da petrolífera ao ter alegadamente acumulado funções como assessor no Ministério.

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