Os acionistas da Pharol, antiga Portugal Telecom, aprovaram hoje em assembleia-geral (AG) todos os pontos colocados à votação, segundo um comunicado enviado pela empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Assim, os detentores de posições na empresa, que se reuniram na manhã de hoje, votaram favoravelmente os seis pontos na agenda, que passaram pela aprovação do relatório e contas do ano passado, a proposta de aplicação de resultados e um voto “de apreço e confiança ao Conselho de Administração, ao Conselho Fiscal e ao revisor oficial de contas e a cada um dos seus membros pela forma como conduziram a gestão da sociedade no exercício de 2018”.
Os acionistas votaram também favoravelmente “a aquisição e a alienação de ações próprias”, que serão sujeitas a decisão do Conselho de Administração tendo em conta a situação do mercado “pelo período de dezoito meses contados da deliberação”.
A contrapartida por estas ações deverá situar-se num intervalo de 25% “para menos e para mais relativamente à cotação mais baixa e média, respetivamente, das ações a adquirir no Euronext Lisbon, durante as três sessões de mercado regulamentado imediatamente anteriores à data de aquisição ou à constituição do direito de aquisição ou atribuição de ações, ou corresponder ao preço de aquisição resultante de instrumentos financeiros contratados e, nas alienações, não inferior em mais de 25% à cotação média no Euronext Lisbon das ações a alienar durante as três sessões de mercado regulamentado imediatamente anteriores à alienação”, segundo a mesma nota.
Por fim, os acionistas da Pharol aprovaram “a declaração da comissão de vencimentos relativa à política de remunerações dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização da sociedade”.
O jornal online Eco deu hoje conta de uma notificação da CMVM ao presidente da mesa da assembleia-geral da Pharol, Diogo Lacerda Machado, a alertar para o facto de que o empresário brasileiro Nelson Tanure controla três empresas acionistas da Pharol, com mais de 18% do capital, um valor acima dos 10% a que estão limitados os direitos de voto pelo estatuto da empresa.
Contactada pela Lusa, a Pharol não quis comentar esta questão.
Em 2018, a Pharol diminuiu o prejuízo para 5,6 milhões de euros, depois dos 806,5 milhões de euros registados em 2017, com a empresa a justificar o resultado na “quase totalidade” pelos custos operacionais recorrentes, conforme anunciado em 28 de fevereiro.
Em comunicado divulgado na altura, a Pharol recordou que 2018 foi o ano do início da execução do plano de recuperação judicial da operadora brasileira Oi, tendo a empresa “reforçado significativamente a solidez do seu balanço através da conversão de grande parte da dívida em capitais próprios e em resultado de novo aumento de capital com entrada de novos fundos realizado já em 2019”.
Deixe um comentário