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Mais de metade (52%) dos administradores financeiros (CFO) portugueses estão “mais otimistas” sobre as perspetivas financeiras das suas empresas do que no outono, de acordo com o inquérito CFO Survey – Edição Primavera 2021 da Deloitte divulgado nesta segunda-feira.
A percentagem de CFO “menos otimistas diminuiu para apenas 13%”, sendo que anteriormente os administradores financeiros portugueses estavam “entre os mais pessimistas”.
Agora, os CFO portugueses estão “no top 10 dos países mais otimistas da Europa”, acrescenta o relatório, um estudo semestral que analisa as expectativas económicas, financeiras e estratégicas dos CFO europeus.
Esta edição do estudo da Deloitte contou com a participação de 1.559 CFO de 19 países europeus, dos quais 227 em Portugal.
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“O estudo revela, também, que apenas 25% dos CFO consideram que as suas empresas já estão no nível ou acima do ponto em que se encontravam antes da crise pandémica ou no período pré-covid, o que compara com a média de 40% no resto da Europa”, lê-se no documento.
Metade dos inquiridos espera atingir níveis pré-crise “apenas após a segunda metade de 2022, em comparação com os 35% em média na Europa”.
Os CFO portugueses inquiridos consideram que o nível geral de incerteza financeira e económica externa para os seus negócios permanece elevado (55%) ou muito elevado (15%).
“Contudo, existe uma perspetiva positiva nas expectativas de emprego e investimento, que estavam em níveis mínimos históricos no estudo do outono do ano passado”, refere.
Agora, um terço dos administradores financeiros portugueses esperam “aumentar o número de colaboradores nas suas empresas durante o próximo ano”.
Metade dos inquiridos afirma que o número de trabalhadores deverá permanecer o mesmo.
“O estudo prevê que o investimento aumente para 38% das empresas consultadas, enquanto 44% acredita que não haverá mudanças”, adianta.
O estudo da Deloitte avança ainda que, “para os CFO portugueses, a principal prioridade futura para as suas organizações enfrentarem este momento é a digitalização, atingindo um recorde histórico (86%) desde que esta análise é realizada”, seguindo-se as iniciativas de redução de custos (77%).
Relativamente às estratégias de crescimento, a expansão nos mercados existentes e a introdução de novos produtos e serviços “têm uma prioridade mais alta para as empresas portuguesas do que entrar em novos mercados ou expandir a atividade da empresa através de aquisições no mercado”.
O inquérito “nesta edição de primavera mostra uma melhoria no sentimento empresarial em toda a Europa, com mais de metade dos CFO em Portugal a moldar-se e a preparar-se para o futuro pós-pandémico”, refere o ‘partner’ da Deloitte e responsável pelo estudo em Portugal, Nelson Fontainhas, citado em comunicado.
“Penso ser positivo Portugal estar entre os países europeus em que os líderes financeiros das empresas estão mais otimistas, após um ano de pandemia marcado pelo pessimismo”, considera, apontando que o estudo “mostra que para prosperar as empresas irão focar-se na digitalização, mas os CFO portugueses também destacam a importância da redução de custos e do crescimento nos mercados existentes onde a pandemia também teve impacto no comportamento da procura”.
Participaram neste estudo administradores financeiros da Áustria, Alemanha, Bielorrússia Dinamarca, Espanha, Finlândia, Grécia, Países Baixos, Irlanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Polónia, Portugal, Reino Unido, Rússia, Suécia e Suíça.
Desde 2015 que a Deloitte realiza o European CFO Survey, dando voz duas vezes por ano a CFO em toda a Europa.
Os dados desta edição foram recolhidos em março.
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