//AEP: Acordo em Bruxelas é um “sinal de esperança para o país”

AEP: Acordo em Bruxelas é um “sinal de esperança para o país”

A Associação Empresarial de Portugal (AEP) congratulou-se, esta terça-feira, com a “resposta dada pela Europa” à “gravíssima crise” gerada pela pandemia da covid-19. Para a associação liderada por Luís Miguel Ribeiro, o acordo obtido em Bruxelas “é um sinal de esperança para o país, num momento em que este desespera por sinais positivos”. Mas pede que seja definidas prioridades, “criteriosamente”, e que haja uma “célere e eficaz” execução das vendas disponíveis.

Em comunicado, a AEP é perentória: “Torna-se imperativo que o próximo Quadro Financeiro Plurianual chegue rapidamente à economia, de modo a que os efeitos pretendidos junto das empresas sejam conseguidos”. Para isso, há que cortar na burocracia. “Se mantivermos no próximo Quadro Financeiro Plurianual a mesma metodologia no mecanismo de funcionamento – muito complexa e burocrática – não vai ser possível aproveitar em tempo útil, com perdas irremediáveis para o país, para as regiões, para as empresas e para os cidadãos”, sublinha a associação.

E se é verdade que o momento é “histórico”, designadamente pela dimensão dos recursos financeiros disponibilizados – destaca a AEP que, nos próximos sete anos, Portugal “pode contar com cerca de metade do que recebe, em termos líquidos, desde a adesão à então CEE”, os patrões deixam o alerta, é preciso agir já, as empresas não aguentam esperar.

“Mesmo que, no melhor cenário, todos os regulamentos e processos de candidatura aos novos Fundos possam estar operacionais a partir de janeiro de 2021, no imediato temos de assegurar a sobrevivência das empresas e evitar o colapso da economia”, pode ler-se no comunicado, que sublinha: “Se nada já for feito, neste período de tempo que medeia até à chegada dos novos fundos europeus, há um elevado risco de muitas empresas não conseguirem lá chegar, com implicações sérias na destruição do capital social e da capacidade produtiva instalada”.

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