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A TAP não vai, afinal, pagar a multa de um milhão de euros, aplicada pelo Departamento de Transportes dos Estados Unidos (DoT), devido aos atrasos e cancelamentos durante a pandemia. A transportadora assegura que este valor foi reduzido para metade por ter agido “de boa-fé” ao ter já liquidado as compensações no valor de 122 milhões de euros não só ao passageiros afetados como a outros que “não teriam direito ao reembolso”.
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“A autoridade norte-americana condenou a TAP ao pagamento de uma multa de um milhão de euros pelo atraso nos reembolsos no valor de 122 milhões, já pagos, entretanto, na sua totalidade. O facto de a companhia já o ter feito, e de boa-fé, incluindo a passageiros que legalmente não teriam direito ao reembolso, levou o DoT a reduzir a multa aplicada a cerca de 550 mil euros”, esclarece a TAP numa nota enviada ao Dinheiro Vivo.
O (DoT) aplicou coimas a diversas companhias aéreas que operam no país, pela violação das regras de proteção ao consumidor fruto dos atrasos nos reembolsos aos passageiros afetados pelos constrangimentos resultantes de voos cancelados e atrasados durante a pandemia.
A TAP assegurou já que os reembolsos foram concretizados “tão prontamente quanto possível” apesar do “período sem precedentes e extremamente difícil para a TAP” e “durante as circunstâncias extraordinariamente desafiantes causadas pela covid-19”.
Os atrasos nestes reembolsos justificaram-se, diz a empresa, devido à falta de mão-de-obra e ao elevado número de pedidos.
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“Enquanto o nosso processo de reembolsos, na sua maioria manual, estava à altura da tarefa antes da pandemia, a nossa mão-de-obra reduzida em 90%, combinada com uma avalanche de pedidos de reembolso devido à COVID, significou que não fomos capazes de lidar atempadamente com os pedidos massivos e sem precedentes, que eram frequentemente complicados com reservas e sistemas de pagamento múltiplos. Para proporcionar assistência aos nossos clientes, contratámos pessoal adicional assim que fomos financeiramente capazes de o fazer e investimos na implementação de soluções automatizadas para facilitar os reembolsos, que já foram, entretanto, todos pagos e contabilizados”, refere a companhia liderada por Christine Ourmières-Widener.
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