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A Águas do Alto Alentejo (AAA), que gere a água em baixa em 10 municípios de Portalegre, investiu mais de sete milhões de euros em obras de requalificação e estruturação das redes, anunciou a empresa esta sexta-feira.
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A AAA foi criada há um ano e gere a água em baixa em 10 dos 15 municípios que compõem o distrito de Portalegre, nomeadamente Alter do Chão, Arronches, Castelo de Vide, Crato, Fronteira, Gavião, Marvão, Nisa, Ponte de Sor e Sousel.
“Foram investidos, num curto espaço de tempo, mais de sete milhões de euros nestes 10 municípios agregados, muitos deles permitindo em várias localidades disponibilizar saneamento onde nunca na história saneamento lá existiu, disponibilizar água da rede de abastecimento pública onde em muitos desses lugares as pessoas nunca tiveram essa oportunidade”, sublinhou o presidente do conselho de administração da AAA, Hugo Hilário.
O responsável, que desempenha também funções como presidente da Câmara de Ponte de Sor e da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA), falava no Crato no decorrer da conferência “Gestão da Água: Futuro Sustentável”, promovida pela AAA, para assinalar o primeiro ano de atividade da empresa.
“Passou um ano da criação desta empresa, num processo difícil, temos hoje e apesar de tudo uma concertação muito grande entre os 10 municípios agregados, esperamos evoluir para mais municípios, não tenho dúvidas que isso num futuro recente terá mesmo de acontecer”, disse.
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O responsável indicou que a AAA apresenta um “tarifário uniforme pela primeira vez na história” daquele território, explicando ainda que esse tarifário “não quer dizer” que tenha levado a aumentos de custos.
“Houve municípios até que depois desta análise e da criação desta empresa baixaram os tarifários que tinham perante os seus munícipes e esta é aquela mensagem que todos os dias é difícil de passar, mas acho que nós já ultrapassámos esse problema”, disse.
Fonte da AAA, disse à Lusa que a empresa faturou entre junho e dezembro de 2022 “cerca de quatro milhões de euros”, num universo de “mais de 40 mil clientes”.
Com capital constituído e controlado pelos municípios associados, a AAA conta com mais de 50 funcionários e com quatro centros logísticos que asseguram as operações.
“Num só ano realizámos perto de mil análises de qualidade que nos garantem hoje uma água com níveis qualitativos definidos pelos parâmetros impostos pela entidade reguladora, abastecemos mais de um milhão de metros cúbicos de água”, acrescentou Hugo Hilário.
De fora desta empresa ficaram os municípios de Portalegre, Elvas, Campo Maior, Monforte e Avis, ou porque optaram por não aderir ao projeto ou porque já integravam outras concessões e sistemas.
Presente também nesta sessão, Marta Mesquita Pais, da Deco Proteste, apresentou um estudo referente às perdas reais de água em Portugal em 2021, tendo o país nesse ano perdido “174 milhões de metros cúbicos” de água.
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