Partilhareste artigo
Há oito meses que a Airbus instalou, discretamente, o seu Global Business Services Center em Portugal. A fabricante francesa de aeronaves escolheu Portugal como hub para sediar a sua plataforma internacional de desenvolvimento que congrega as operações internacionais de controlo, segurança de dados e processos.
A operação conta já com uma equipa de 170 trabalhadores que asseguram o arranque do projeto mas os planos são mais ambiciosos. Até 2025 a Airbus estima contratar 800 profissionais nas áreas de Finanças, Recursos Humanos, Compras, Gestão de informação, Engenharia, Comunicação, Serviços ao Cliente, Jurídico e Compliance. Para este ano, a empresa do setor aeroespacial tem mais 300 vagas abertas.
O preço não foi o critério em cima da mesa na hora de olhar para o país como casa deste hub internacional. “Portugal foi escolhido não por uma questão de preço mas de network, pelos jovens talentos nas faculdades e pela proximidade cultural”, indicou o managing director do Airbus Global Business Center (GBC), Charles Huguet, esta quarta-feira, 30, num encontro com jornalistas.
A existência do setor de GBS e a compatibilidade com Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD) foram outros fatores que pesaram na balança.
Subscrever newsletter
O responsável não deslindou os valores que sustentam a instalação deste projeto em Lisboa mas assegura que se trata de um “investimento significante” e garantiu que a Airbus está já a estudar a expansão da operação para outras cidades.
“Lisboa será o hub mas se não for suficiente teremos pequenos escritórios satélite em cidades como Braga ou Coimbra, por exemplo, devido à proximidade com universidades e talentos”, revelou.
A empresa europeia chegou à capital portuguesa em julho de 2021, onde se alojou num escritório temporário no Parque das Nações. A operação será transferida, até outubro, para um novo espaço vizinho que se encontra em fase final de construção. O novo escritório terá uma área de cinco mil metros quadrados e um terraço com mil metros quadrados.
Reter talentos com pacotes atrativos
A contratação de talentos e a competitividade no mercado assumem-se como os principais desafios para este ano. Por isso mesmo, a Airbus desenhou um pacote de benefícios complementar a um “salário atraente” para reter mão-de-obra.
A empresa disponibiliza seguro de saúde, seguro de vida, um bónus anual pelo sucesso global da Airbus bem como um programa de compra de ações da empresa para colaboradores.
Existe ainda um Programa de Apoio ao Colaborador com o objetivo de oferecer diversos serviços nas mais variadas fases da vida e que engloba as áreas jurídica, financeira ou a puericultura.
Uma das estratégias de recrutamento passa pela aposta em jovens recém-licenciados. “Queremos criar os nossos próprios talentos, ir buscar pessoas saídas da escola e formá-las com a nossa cultura”, atestou Charles Huguet.
A Airbus está já afinar estratégias de colaboração no país com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e com a AED Cluster Portugal ou com o IEFP para a realização de estágios profissionais.
Deixe um comentário