//Aldi prevê abrir 20 lojas e contratar 450 pessoas até ao final do ano

Aldi prevê abrir 20 lojas e contratar 450 pessoas até ao final do ano

A cadeia alemã de lojas de desconto Aldi acelerou o plano de expansão em Portugal no ano passado, com a abertura de 22 novas lojas, e prevê abrir 20 ou mais no país até ao final deste ano, investindo à volta de 150 milhões de euros. Em entrevista ao jornal Público (acesso pago), Wolfgang Graff, presidente do Aldi em Portugal, afirma que “a aceleração foi claramente a partir de 2021. Porque em 2020 a média eram seis lojas por ano. Por isso, era mais devagar. Foi sempre a aumentar. E agora estamos a apostar muito forte. Este ano, o objetivo são 20 (talvez até um bocadinho mais) – isto depende muito das autarquias, de como conseguimos o licenciamento das lojas”.

Atualmente com 109 lojas abertas, o objetivo é chegar às 200 em 2025, sendo que o limite no país serão 250 estabelecimentos, diz Wolfgang Graff. O gestor revela ainda que no final do ano a empresa terá mais 450 trabalhadores em Portugal, a somar aos atuais 2500.

A cadeia investiu 60 milhões de euros num centro de logística e vai aplicar mais 50 milhões num outro. “No norte também já estamos em movimentação de terras, em Santo Tirso – são os dois centros de distribuição que temos neste momento planeados para a rede logística”.

A meta da cadeia alemã, revela o presidente ao Público, é entrar no top 5 dos retalhistas em Portugal, onde dominam a Sonae MC (Continente) e a Jerónimo Martins (Pingo Doce), e onde outros players internacionais, como o Lidl, Auchan, Intermarché, Minipreço/DIA e Mercadona também querem crescer.

Wolfgang Graff afirma ainda na entrevista que os portugueses já estão a adaptar o padrão de consumo à subida generalizada dos preços: “As pessoas adaptam-se muito bem, e com uma rapidez que é impressionante. Outros países, acho, precisam de mais tempo e é mais doloroso (…). ‘Gasto mais quando tenho mais e quando tenho menos, gasto menos. Quando não tenho tanto dinheiro, controlo mais os gastos’ – é uma coisa que percebi aqui que os portugueses fazem muito rápido. Não quer dizer que estão a renunciar a boa qualidade, a boa comida – é adaptação à realidade. E isso, claramente, vemos com a inflação, nota-se já”.

Questionado sobre se há mercado para tantas lojas de retalho alimentar em Portugal, o responsável do Aldi diz que sim: “Se for para outros países irá ver que há muito mais concorrência – na Alemanha, em cada esquina há um supermercado ou loja diferente”.