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Depois de Fernando Medina, recandidato à presidência da Câmara de Lisboa, anunciar ao DN e à TSF que tem como objetivo impedir a abertura de novos alojamentos locais em toda a capital, a Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP) encara a medida como um ataque aos proprietários e prejudicial para o setor turístico na cidade.
Para a associação, as palavras de Medina foram recebidas com alguma surpresa, tendo em conta que o alojamento local é uma “parte significativa da economia da cidade”, representando metade das dormidas turísticas de Lisboa, reforça a mesma em comunicado.
Enquanto o socialista afirma haver uma oferta no mercado que “foi longe demais”, a ALEP rejeita que haja qualquer sinal de pressão em Lisboa, argumentando ainda que entre 2020 e 2021 registou-se uma descida no número total de registos de alojamento local em Lisboa, e que nas plataformas online como a Airbnb a oferta caiu em mais de 2000 estabelecimentos desde os finais de 2019.
Segundo a associação, a medida trará graves consequências para os proprietários e “muitas famílias, das classes médias” de Lisboa, que usam o AL como fonte de rendimento e que acarretarão um agravamento fiscal, sofrendo um aumento do coeficiente de IRS, em tempos de crise.
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Para a mesma, o ataque à questão dos alojamentos locais não passa de um “bode expiatório” usada por Medina para compensar a ausência de verdadeiras políticas habitacionais na capital e que terá o efeito contrário, levando à “corrida irracional a novos registos”, afirma em comunicado.
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