A EDP vai investir 3,5 milhões de euros num novo projeto de uma central solar flutuante na barragem do Alqueva, depois dos resultados do projeto-piloto no Alto Rabagão, no norte do país.
O novo projeto de quatro hectares está em licenciamento pela DGEG, estando o processo de avaliação de incidências ambientais a ser conduzido pela CCDR Alentejo.
Prevê-se que o licenciamento esteja concluído no final de setembro, sendo que a obra de instalação demorará cerca de um ano. A entrada em operação é esperada para 2020, informou a empresa em comunicado.
O investimento será anunciado esta segunda-feira pelo CEO da EDP António Mexia durante a visita do ministro do Ambiente e Transição Energética, Matos Fernandes, ao parque eólico de Penacova.
Realizados os estudos de viabilidade no Alto Rabagão, a EDP decidiu agora avançar para um novo projeto no Alqueva, mas com maior escala (4MW) e em complementaridade com uma central hídrica com sistema de bombagem, que permite a reutilização da água para geração de eletricidade.
O projeto implicará a instalação de 10.750 painéis, ocupando uma área de quatro ha (o equivalente a quatro campos de futebol), e terá uma produção anual estimada de 6 GWh, o suficiente para abastecer um quarto da população dos dois municípios da região (Portel e Moura).
Em novembro de 2016, a EDP investiu no projeto-piloto da central fotovoltaica flutuante do Alto Rabagão.
“Com uma tecnologia pioneira a nível europeu, por testar a complementaridade entre a energia solar e hídrica, o projeto superou as expetativas, acumulando uma produção 6% acima do previsto desde o seu arranque e uma eficiência maior do que as soluções em terra, além de claros benefícios ambientais”, disse a elétrica no mesmo comunicado.
Este piloto no Alto Rabagão é composto por 840 painéis solares, que ocupam uma área de 2500 metros quadrados, têm uma potência instalada de aproximadamente 220kWp e uma produção anual estimada de cerca de 300 MWh.
“A introdução de uma central fotovoltaica em grande escala hibridizada com a central do Alqueva permitirá a duplicação da energia escoada no mesmo ponto, sem necessidade de aumentar a capacidade da linha”, informou a EDP no mesmo comunicado.
Além da hibridização do solar flutuante com a hídrica com bombagem, será também testada a combinação desta tecnologia com um sistema de baterias, o que permitirá criar o primeiro laboratório vivo do cruzamento de energias renováveis com armazenamento, antecipando novamente o futuro da produção de energia.
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