//Altice International Innovation: Premiar a inovação portuguesa

Altice International Innovation: Premiar a inovação portuguesa

O objetivo é claro: reforçar o posicionamento de Portugal no desenvolvimento da inovação premiando ideias e startups. E a temática dos projetos vencedores da 5.ª edição é demonstrativa disso mesmo. A Glooma ganhou na categoria startup com a SenseGlove, uma luva que as mulheres podem usar e, como explicou ao DV o cofundador, Francisco Neto Nogueira, pretende ajudar na deteção precoce do cancro da mama. O despertar da atenção para o problema deu-se com o caso específico da prima de Francisco, Filipa que, por receio, atrasou a visita ao médico.

Na prática a SenseGlove é uma luva e um dispositivo médico que ajuda na apalpação, simplificando o processo e auferindo segurança e confiança às mulheres. Segundo Francisco Neto Nogueira, a luva vem equipada com sensores de pressão e piezoelétricos que, sempre que encontram alterações comparativamente com registos anteriores, emitem um alerta e recomendam a ida ao médico. A ideia não é substituir mas complementar exames de diagnóstico e consultas de rotina, simplificando a interpretação no autoexame.

O projeto está em fase de testes clínicos e o prémio de 50 mil euros, reconhece Francisco Neto Nogueira, vai ajudar a aumentar a equipa, converter o pedido de patente provisório e completar a validação clínica.

Correndo tudo bem à primeira” a expectativa é ter o produto no mercado no primeiro trimestre de 2023. Sendo um projeto de investigação ligado à saúde, tem de ser devidamente testado e certificado: o objetivo da Glooma é que a SenseGlove tenha certificação de dispositivo médico, o que leva tempo.

Destinada ao consumidor final a luva, quando for para o mercado, deverá estar à venda em farmácias, parafarmácias, associações de cancros, seguradoras, e no site da empresa. Quanto ao preço, a expectativa é que seja vendida a um valor entre os 50 e os 60 euros.

Evitar choque de drones

Na categoria Academia, Dário Pedro, com o Collision Avoidance on Unmanned Aerial Vehicles using Deep Natural Networks, despertou a atenção do júri com um algoritmo de prevenção de colisões de drones, usando redes neuronais. O projeto, que serviu como tese de doutoramento, baseia-se na crença de que no futuro (não muito longe) os drones serão usados para muito mais do que vídeos lúdicos. É o caso do transporte de mercadorias ou vigilância autónoma, sendo que a segurança do espaço aéreo é e sempre será um ponto chave.