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“Vivemos num ambiente regulatório hostil e adverso, que não só não estimula o investimento, como retrai qualquer investidor em apostar no nosso país no setor das telecomunicações”, diz a Altice. “Todos são unânimes em criticar a gestão do dossier 5G feita pela Anacom”, diz a operadora dona do Meo. A posição surge depois de a Vodafone e da NOS terem tecido fortes críticas aos termos do leilão do 5G previsto para este mês e no mesmo dia em que no Parlamento a quinta geração móvel vai estar em debate, com o PSD e CDS-PP a recomendarem o “roaming” e o BE e PCP a defenderem a suspensão do leilão e a gestão e exploração pública do espectro.
“Não comentamos posições de concorrentes da Altice Portugal no mercado português ou seus acionistas”, começa por dizer fonte oficial da Altice, instada a comentar a posição da Vodafone e da NOS.
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Mas sobre o dossier 5G “apenas podemos reafirmar aquilo que vimos dizendo há já largos meses… que o avultado investimento que temos vindo a fazer nas telecomunicações em Portugal, que nos coloca numa posição cimeira do setor a nível internacional, deve conter um racional económico que permita a viabilidade do retorno desse mesmo investimento, suportando a geração de valor, a manutenção das dezenas de milhar de postos de trabalho desta indústria no nosso país e o crescimento deste setor hoje mais do que nunca indispensável para o desenvolvimento e crescimento económicos”, diz fonte oficial da operadora.
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“Sendo todos os operadores nacionais empresas privadas, é natural que os seus acionistas procurem legitimamente rentabilizar as centenas de milhões de euros que injetam anualmente na nossa economia, procurando um ambiente estável, com previsibilidade e que estimule o investimento. Ora hoje, o momento que vivemos em Portugal é, lamentavelmente, o oposto”, acusam.
“Vivemos num ambiente regulatório hostil e adverso, que não só não estimula o investimento, como retrai qualquer investidor em apostar no nosso país no setor das telecomunicações, um setor onde desde o governo a associações independentes, passando por grandes consultoras internacionais e fabricantes de tecnologia, todos são unânimes em criticar a gestão do dossier 5G feita pela Anacom”, dizem.
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“É pois natural, como a Altice já afirmou anteriormente por diversas vezes, que tendo presente este ambiente altamente desfavorável ao investimento, tenham de ser equacionadas medidas, que possam passar pelo desinvestimento no país ou até pela racionalização do envolvimento em projetos grandes consumidores de capital, com retorno duvidoso face às regras impostas.”
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