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O grupo Altice anunciou esta terça-feira a venda de uma participação de 70% do negócio dos centros de dados em França ao Morgan Stanley Infrastructure Partners (MSIP). O acordo foi anunciado esta terça-feira e ficou fechado por 534,8 milhões de euros. Sujeita à aprovação regulatória, a telecom antevê a conclusão da transação no primeiro semestre de 2024. Falta saber, contudo, o que o grupo de telecomunicações fará com o data center que tem em Portugal, na Covilhã.
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Em comunicado, a Altice explicou que o negócio consiste num “acordo de exclusividade” com o MSIP para a criação de um operador e fornecedor de data centers “independente”. Assim, os 70% adquiridos pelo Morgan Stanley vão para a UltraEdge, um veículo criado para gerir os 257 centros de dados que o grupo Altice, através da SFR, tem em França.
O acordo avalia a UltraEdge em 764 milhões de euros, incluindo dívida.
Apesar de perder o controlo da gestão dos centro de dados, através da SFR, o grupo de Patrick Drahi vai celebrar um acordo com a UltraEdge. A parceria deverá “gerar aproximadamente 175 milhões de proveitos adicionais para a SFR nos próximos sete anos”.
De acordo com a Altice, as infraestruturas passivas e o equipamento dos centros de dados passam para o veículo criado pelo MSIP. No entanto, “os servidores e o equipamento ativo serão mantidos na [posse da] SFR”.
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“A UltraEdge será o primeiro operador independente de centros de dados em França, com mais de mais de 45 MW de capacidade instalada e cerca de 33 mil metros quadrados de escritórios, distribuídos por todo o país, incluindo nas principais áreas metropolitanas [francesas]”.
A UltraEdge, detalha ainda o comunicado, vai garantir “serviços essenciais de armazenamento de dados e conectividade” a partir dos centros de dados. Todas as infraestruturas continuarão a ser alimentadas pela rede de fibra ótica da SFR.
Traçado está o destino dos centros de dados da Altice, em França. A alienação era algo que vinha ser noticiado desde há um ano. Por esclarecer está o futuro do centro de dados português da Altice. Também tem sido noticiado que seria um ativo a vender, contribuindo para o alívio da dívida colossal que o grupo tem atualmente (ronda os 60 mil milhões de euros).
Há muito que Patrick Drahi tem procurado formas de diminuir a dívida do grupo, considerando a escalada das taxas de juro num período em que se aproximam os prazos de vencimento de diferentes obrigações. A Operação Picoas, em Portugal, veio colocar mais pressão na telecom, que já admite vender ativos em Portugal, França e República Dominicana.
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