Partilhareste artigo
A Decathlon pratica cada vez mais a modalidade da economia circular em Portugal. No final de 2020, a cadeia francesa entrou no negócio de aluguer de produtos, depois de promover a troca de artigos usados por novos e a venda de bens em segunda mão. A aposta está a proporcionar novos clientes à empresa, que podem ter acesso a novos desportos sem sofrerem goleadas na carteira.
O serviço de aluguer está disponível nas 38 lojas da empresa em Portugal, inclusive nas ilhas. Bicicletas, pranchas de surf, caiaques, tendas e trenós são alguns dos produtos mais requisitados. Também estão disponíveis raquetes de padel, skates e até mesas de ping-pong.
Os clientes podem alugar diretamente na loja ou através da página oficial na internet. Na loja, é necessário verificar em que espaços há material disponível e onde é possível fazer o aluguer imediato.
Se procurar pelo serviço na internet, o cliente seleciona o artigo, tem acesso a toda à informação e depois escolhe os dias de aluguer. Caso seja necessário, é possível comprar produtos complementares, como um capacete para andar de bicicleta e que não está disponível para aluguer.
Subscrever newsletter
O levantamento e a devolução dos artigos são feitos na loja selecionada. Se houver algum dano, o cliente terá de pagar a fatura. Antes do aluguer seguinte, os produtos são inspecionados e reparados, se for necessário.
Nas lojas de Lisboa na zona do Oriente e da Av. António Augusto de Aguiar é ainda possível alugar material à hora, como o caso das bicicletas.
Um ano depois da aposta, o resultado joga a favor da Decathlon, com mais de 10 mil clientes a usarem o serviço. “70% das pessoas que alugam um produto nunca tinham experimentado um desporto antes”, assume ao Dinheiro Vivo a responsável de economia circular da empresa, Rebeca Santos.
A responsável acredita que a nova modalidade “é uma rampa para tornar os produtos acessíveis e uma porta de entrada para o desporto”. Além disso, é visto como uma forma de promover “um consumo mais responsável”, pois o artigo “não fica parado em casa o resto do ano”.
O aluguer também é visto pelo cliente como uma forma de experimentar antes de eventualmente comprar.
Os artigos no novo serviço não ficam para sempre em aluguer, porque “não dão a melhor experiência ao cliente”. Depois de um “período ideal de utilização”, o produto é posto à venda em “segunda vida”, depois de ter sido devidamente recondicionado pelos funcionários da empresa em Portugal.
Também na opção de “segunda vida” são disponibilizados, a preço mais baixo, os bens que não podem ser vendidos como novos, por terem estado em exposição ou que foram recondicionados depois de serem devolvidos pelos clientes. Esses artigos apenas podem ser comprados nas lojas físicas da empresa.
Em Portugal desde 1993, a Decathlon conta com mais de 1700 funcionários, distribuídos entre logística e as 38 lojas físicas.
Deixe um comentário