A Amazon, a gigante norte-americana do comércio eletrónico, não desistiu de entrar no lucrativo mundo das viagens turísticas, mesmo depois da tentativa falhada no mercado das reservas de hotéis. Há um ano, a Morgan Stanley alertava para uma eventual entrada da gigante tecnológica no turismo. E o passo acabou de ser dado: já é possível reservar voos domésticos na Índia através da retalhista.
O alerta foi dado no Twitter por Robert Cole, consultor de hospitality: “Grandes notícias: a Amazon lançou voos na Índia na página Amazonpay. A indústria das viagens esperava isto num futuro próximo. Aviação, agências online e tradicionais, e todos os 100 milhões de utilizadores prime devem estar atentos”.
A publicidade já faz referência à nova funcionalidade. “Reserve voos domésticos na Amazon e receba de volta 2000 rupias”, pode ler-se no site da Amazon, que premeia as reservas através da devolução de cerca de 25 euros do valor pago até um máximo de 48 horas para utilizadores que gastem mais de 20 mil rupias, à volta de 255 euros, neste serviço.
Não é o cashback – uma prática muito comum na Índia para atrair clientes – que é uma novidade. Mas sim o teste que gigante está a fazer neste mundo das viagens.
Não é a primeira vez que a Amazon tenta entrar na indústria do turismo. Em outubro de 2015, a empresa liderada por Jeff Bezos arriscou entrar no mundo das reservas de hotéis, mas as expectativas saíram frustradas. Pouco depois de lançar o negócio, a Amazon abandonou-o, sem nunca avançar as reais razões por detrás da decisão.
A entrada da gigante do comércio eletrónico no mundo do turismo chega uns dias depois de a Google também ter anunciado uma nova página, o Google Travel, que agrega várias ferramentas que tornam a reserva de férias mais simples. O lançamento aconteceu na última terça-feira num movimento que o mercado já antecipava, especialmente numa altura em que o turismo é a segunda indústria que mais cresce no mundo: no ano passado, as viagens e turismo criaram 319 milhões de empregos e contribuíram com 7,8 biliões de euros para o PIB mundial.
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