A Amazon anunciou que vai recorrer da decisão da justiça francesa, que impôs limitações à atividade da empresa em França. Esta terça-feira, o tribunal de Nanterre decretou que a gigante de e-commerce deve apenas limitar-se às entregas de produtos essenciais, na tentativa de prevenir riscos de contágio da covid-19 no país.

Através de comunicado, a empresa de Jeff Bezos referiu que pretende avançar com um recurso para que a justiça francesa repense a decisão. “Estamos confusos com a decisão do tribunal tendo em conta que pusemos em prática medidas para proteger os nossos trabalhadores”.

“Estamos a avaliar as consequências desta decisão e quais são as nossas opções e achamos que vamos recorrer”, indicou a empresa, na mesma nota.

A decisão da justiça francesa indicava ainda que, caso a Amazon não cumpra com as limitações de entregas dedicadas apenas a produtos essenciais no prazo de 24 horas, poderá estar em jogo uma multa no valor de um milhão de euros por cada dia de atraso.

Esta decisão do tribunal francês baseia-se na queixa do sindicato francês Syndicale Solidaires, que refere que a gigante de comércio eletrónico não está a ter em conta as medidas de proteção dos trabalhados durante o contexto da epidemia.

As medidas de isolamento social em França foram prolongadas esta semana pelo Presidente francês, Emmnuel Macron, até ao dia 11 de maio.

Com vários países em isolamento social, a Amazon enfrenta um pico de procura, que está a pressionar os centros logísticos. Em março, a empresa anunciou que iria contratar mais cem mil pessoas. Esta semana, indica um novo número de contratações, desta vez na ordem das 75 mil pessoas.

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