//Ambitious lança coleções feminina e 100% reciclada

Ambitious lança coleções feminina e 100% reciclada

O stand da Ambitious, marca da Celita – Comércio e Indústria, foi dos mais concorridos nesta 92ª edição da Micam e Pedro Lopes, responsável comercial da empresa, não esconde a sua satisfação. Aliás, preferia que a feira não tivesse sido reduzida de quatro para três dias, porque acredita que teria tido ainda mais sucesso. Um tema delicado, já que a experiência mostra que o último dia de feira é sempre o menos concorrido e há muitas empresas a reclamar, já antes da pandemia, para que a organização da feira a reduzisse de quatro para três dias.

A presença em Milão foi um rotundo sucesso para a Ambitious, apesar da ausência de compradores asiáticos e americanos. E não se limitou aos clientes habituais da marca, foram conquistados novos clientes e novos países. “Tivemos um bocadinho de tudo, essencialmente clientes europeus, mas, também, do Iraque, da Líbia e até do Canadá. E também tivemos clientes novos de mercados onde já estamos, como a Europa e a África do Sul, mas conquistamos um novo mercado, vamos vender para o Quénia pela primeira vez”, explica este responsável. A Ambitious vende já para 45 países, mas Itália é, e continua a ser, o seu principal mercado. Com a pandemia conseguiu um “impulso muito forte” em três novos mercados – Bélgica, Holanda e Suíça – e a aposta, agora, é precisamente reforçar a presença nestes países do centro da Europa, sem descuidar Itália.

Conhecida pelos sneakers e sapatilhas para homem, a Ambitious inovou e apresentou uma coleção cápsula de senhora, para dar resposta às muitas solicitações que foi tendo. E que se está a revelar um sucesso junto dos retalhistas. “Olhamos para os melhores modelos de homem e apresentamo-los em versão feminina. Para já foi só isso, mas já percebemos que esta aposta nos vai obrigar a repensar a coleção. Homem e mulher são mundos diferentes, materiais e pesquisas diferentes. Vai ser um processo gradual, aumentar a coleção de senhora, sem descurar a de homem, que é a nossa essência”, defende.

Já a coleção de homem com materiais 100% reciclados foi recebida com mais cautelas. “Percebemos que o cliente multimarca não está, ainda, à procura deste produto, há um longo caminho ainda a percorrer e nós próprios temos de procurar o nicho de lojas para este produto. É um processo gradual em que todos temos de ir aprendendo”, diz Pedro Lopes.

Com 180 trabalhadores, a Celita faturou 20 milhões em 2019 e teve, no arranque de 2020, o “melhor trimestre de sempre” na sua história de quase três décadas de existência. Mas, com a pandemia, acabou por fechar o ano com 12% de quebra e, apesar da recuperação em 2021, não espera, ainda, chegar aos níveis pré-pandémicos. É preciso não esquecer que a coleção que agora está a ser apresentada só será faturada daqui por seis meses.

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