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A norte-americana eXp Realty, foi responsável por um volume de transações de 156,1 mil milhões em 2021, mais do que duplicando a sua performance face aos 72,2 mil milhões registados no ano anterior. Foram dois anos de contínuo crescimento alavancados num modelo 100% virtual. Como sublinha Michael Valdes, presidente da eXp Global, este período coincidiu com o reforço da “internacionalização da empresa pelo que o crescimento quer da rede quer do volume e número de transações foi muito acentuado”.
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Quando deflagrou a pandemia, a mediadora estava em oito geografias e tinha 25 mil agentes, que transacionavam mais de 238 mil propriedades. Em marcha, estava o plano de abrir em média três novos mercados por trimestre. No fim de 2021 contabilizava 60 mil consultores e 444 mil casas vendidas. E estreava-se em Portugal.
A pandemia e os confinamentos, que um pouco por todo o mundo se foram sucedendo, vieram demonstrar o cariz visionário de Glenn Sanford que, em 2009, constituiu a eXp, apostando já numa operação 100% virtual – modelo que os indicadores revelam ter forte atratividade. A mediadora está agora em 21 mercados, nos cinco continentes, e prepara-se para entrar no Chile, Dubai e Emirados Árabes.
Este verão, pode reunir à volta de um computador os 82 mil agentes que integram atualmente a rede, mais 22 mil que no fim de 2021. Como a eXp foi pioneira no imobiliário digital, os métodos de trabalho estão enraizados e as ferramentas desenvolvidas e testadas, fatores “fundamentais para o sucesso dos negócios e confiança” na marca, justifica Michael Valdes.
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Segundo conta, a eXp esteve muitos anos focada no mercado norte-americano e no crescimento local, testando o modelo a nível interno para perceber se vingaria noutras geografias. Desde 2015, foi arriscando a entrada em mercados próximos ou com afinidades linguísticas e como o processo de internacionalização “foi correndo bem, ganhou-se confiança para expandir para mercados mais afastados, como o europeu”.
Na sua opinião, a mediação online não vai substituir a tradicional, mas a rapidez e eficácia do serviço são claros benefícios para quem vende ou compra. “Poupamos tempo e dinheiro, principalmente na fase inicial de procura da casa ideal”, frisa, lembrando que a eXp trabalha no modo “digital com o mesmo realismo da visita presencial, pelo que, por exemplo, as expectativas raramente são defraudadas nas visitas”. Como sublinha, a imagem é fundamental para a venda: “Uma boa foto ou vídeo valem mais do que a visita presencial.”
Em Portugal, a mediadora está representada por Guilherme Grossman, que no primeiro ano teve de construir o negócio de raiz: equipa, angariação de imóveis, vendas… Hoje, a imobiliária digital conta com 230 agentes a trabalhar o território nacional e uma carteira de duas mil casas. O negócio da eXp não assenta em franchising, mas na seleção de um parceiro. Grossman considera que os agentes eXp têm vantagem ao pertencerem a uma rede única, todos unidos pela tecnologia, multiplicando oportunidades de negócio a nível nacional e fora. Para aumentar o potencial de negócio, a partir deste mês, o site eXp Portugal passa a disponibilizar também os imóveis da rede internacional.
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