//Americanos, britânicos e sauditas cobiçam Altice Portugal

Americanos, britânicos e sauditas cobiçam Altice Portugal

Se antes a hipótese de venda era reiteradamente negada e os rumores justificados com periódicas avaliações de ativos, agora a Altice está mesmo disposta a abrir mão do negócio em Portugal para salvar o grupo que Patrick Drahi criou há 30 anos. Nos últimos dez dias americanos e sauditas posicionaram-se para avançar com propostas sobre ativos, inlcuindo a Altice Portugal, com a telecom a remeter-se ao silêncio.

A dívida global do grupo ronda os 60 mil milhões de dólares (aproximadamente 55 mil milhões de euros) – cada vez mais difícil de gerir com a subida dos juros – e a operação judicial com origem em Portugal, que implicou gestores de topo da Altice nos diferentes países em que opera, colocou em causa o modelo de negócio. E Drahi passou a vendedor. “Tudo está em aberto… É apenas uma questão de oferta e procura”, afirmou o fundador e principal acionista do grupo numa reunião com cerca de 200 investidores em dívida no início de setembro. Inicialmente, o objetivo passava por vender ativos não-estratégicos da Altice France e da Altice International (integra Portugal, Israel e República Dominicana), mas o magnata franco-marroquino (também com nacionalidade israelita e portuguesa) admite também a entrada no grupo de parceiros em capital ou dívida.