//Angola mais próximo da recessão com barril a 22 dólares

Angola mais próximo da recessão com barril a 22 dólares

Angola, Argélia e Nigéria, os maiores produtores de petróleo em África, começam a ver os sinais de uma recessão a caminhar a passos largos, devido às quedas abruptas do preço do barril do petróleo. A procura internacional de petróleo tem estado a contrair-se devido às restrições impostas pelos governos a nível mundial para travar a pandemia do novo coronavírus.

Economias muito dependentes das receitas do ouro negro estão em estado de alerta. Em Angola, o Governo já está a trabalhar na revisão do Orçamento do Estado deste ano.

À contração da procura global junta-se a guerra de preços iniciada pela Arábia Saudita, que desceu o valor das suas exportações e ameaçou aumentar a produção para ganhar quota de mercado em relação a outros grandes produtores, como a Rússia ou os Estados Unidos.

Hoje, o petróleo do mar do Norte estava a encaminhar-se para os 22 dólares por barril no mercado de futuros de Londres, atingido pela perspetiva de uma forte contração da procura global devido à pandemia do novo coronavírus.

A quebra do preço do petróleo tem fortes impactos nas receitas dos países produtores africanos, muito dependentes das vendas do ouro negro, e isso tem um efeito imediato, mas há que somar também possível perda de lugar neste mercado. Até porque os custos de produção em África não são iguais aos de uma Arábia Saudita.

O ministro dos Petróleos da República do Congo escreveu já ao secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) a solicitar uma reunião urgente com vista a ser encontrada uma solução que permita evitar uma recessão nas economias já frágeis dos produtores africanos.

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