O presidente executivo da EDP, António Mexia, ganhou mais de 6.000 euros por dia em 2018. Mas o gestor teve uma quebra no salário de 3,9%. Ganhou ao todo 2,199 milhões de euros, entre remuneração fixa, variável anual e plurianual.
Isto num ano em que a EDP registou os seus resultados mais baixos desde 2004, com o lucro líquido a afundar 53% para 519 milhões de euros. A atividade em Portugal teve mesmo prejuízo, pela primeira vez desde o início da privatização da elétrica, em 1997. Os resultados do grupo foram penalizados por medidas regulatórias em Portugal, nomeadamente a provisão de 285 milhões de euros relativa a alegadas rendas excessivas recebidas pela EDP.
No total, a despesa da EDP com salários dos administradores executivos ascendeu a 11,3 milhões de euros, em 2018, menos 568 mil euros do que no ano anterior. Mexia perdeu 89 mil euros.
Se forem cumpridos todos os objetivos, os administradores da EDP podem ganhar até 15,421 milhões de euros em 2019, cabendo a Mexia uma fatia de 2,57 milhões de euros, segundo a proposta que será submetida para aprovação dos acionistas da elétrica, que reúnem no próximo dia 24 de abril.
A EDP tem como maior acionista a China Three Gorges, que tem em curso uma Oferta Pública de Aquisição sobre o maior grupo cotado do país e líder destacado na produção e distribuição de eletricidade a nível nacional.
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