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António Saraiva, presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal e vice-presidente da BusinessEurope, integrou o grupo de representantes das confederações europeias que ontem foi recebido pelo presidente francês, Emmanuel Macron, a cinco semanas do início da presidência francesa do Conselho da União Europeia, segundo uma comunicação do líder da CIP.
O encontro no palácio do Eliseu, em Paris, serviu para que as principais confederações patronais europeias reafirmassem o empenho das pequenas, médias e grandes empresas na recuperação da economia europeia, expresso numa declaração entregue ao chefe de Estado francês. A declaração defende a necessidade de “medidas públicas de curto prazo”, simplificando os procedimentos alfandegários, removendo restrições ao comércio, e encetando conversações com países terceiros para resolver problemas específicos, “como o magnésio proveniente da China”.
Segundo a nota à imprensa, António Saraiva disse que “as empresas estão a sofrer grandes constrangimentos. O aumento dos preços da energia, interrupções nas cadeias de valor e aumento do preço das matérias-primas, por vezes na ordem dos 300%, os preços de transporte, nomeadamente marítimo, multiplicou por seis no último ano. Tudo isto no seguimento de uma pandemia global que se arrasta há quase dois anos. É necessário dar a devida atenção a estas questões e o impacto das novas propostas legislativas no funcionamento das empresas. Só com empresas competitivas e resilientes será possível alcançar as grandes ambições europeias, nomeadamente a nível ambiental, de inovação e transição digital”.
Durante o encontro, avança ainda o comunicado, “António Saraiva reforçou também a necessidade de assegurar que a UE tem um mercado único da energia, dado que ainda se verificam grandes diferenciais de preços nos diferentes Estados-Membros, com Portugal, Espanha e Itália entre os países com preços mais elevados. Um aspeto fundamental é assegurar as necessárias infraestruturas energéticas, por forma reduzir a dependência europeia de países terceiros, e assegurar as condições para exportar energia limpa, nomeadamente renováveis”.
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