//APED. “Seria de bom-senso, limitando os horários, aumentar o rácio de pessoas em circulação nos espaços comerciais”

APED. “Seria de bom-senso, limitando os horários, aumentar o rácio de pessoas em circulação nos espaços comerciais”

“À semelhança do que aconteceu na restauração se aumentou o número de pessoas por mesa – para seis – acharíamos que também seria de bom-senso, limitando os horários, aumentar o rácio de pessoas em circulação nos espaços comerciais. É uma velha luta nossa: é preciso evitar a todo o custo que haja filas de espera, o Natal vem aí continua a ser época de tradições, não podemos deixar que o covid quebre as boas tradições de Natal, que houvesse fluidez às lojas e que o rácio tivesse aumentado. Não se quis mexer nisso, lamentamos”, reagiu Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), ao Dinheiro Vivo, às medidas anunciadas pelo Governo em conselho de ministros extraordinário para conter a evolução da pandemia.

“Percebemos que se tome medidas para evitar ajuntamentos e contágio, que tem crescido nos últimos tempos. Mas o contágio tem sido feito, maioritariamente, em contexto social. Isso é reconhecido pelo facto de não se fecharem as escolas e, felizmente, ter havido bom senso para não haver fecho das atividades de comércio que dizem respeito aos associados da APED”, diz Gonçalo Lobo Xavier.

“A limitação de horários muitas vezes tem efeito contrário, se limitarmos muito passamos a promover a concentração e pessoas em determinadas horas do dia porque as pessoas têm de trabalhar. Não achando completamente descabido este fecho do comércio pelas 22h, achamos que podia haver um bocadinho mais de flexibilidade em algumas áreas de retalho que podem ser prejudicadas nesta altura do Natal”, refere.