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A Apple superou um teste complicado no trimestre de junho ao obter um crescimento de 2% nas receitas para 83 mil milhões de dólares, acima do previsto pelos analistas. O CEO Tim Cook salientou isso mesmo na conferência com analistas que se seguiu à apresentação de resultados, frisando que foi “melhor que o esperado.”
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Os lucros caíram cerca de 10%, mas também isso surpreendeu pela positiva, visto que a previsão era de uma derrapagem mais acentuada, num período problemático em termos económicos e geopolíticos.
“Este trimestre foi um reflexo da nossa resiliência e otimismo”, disse Tim Cook aos analistas.
A apresentação de resultados da Apple foi bem recebida pelos investidores, que levaram as ações a valorizar mais de 3,3% nas trocas fora de horas. Esta temporada de resultados tem sido dececionante, com gigantes como Meta e Alphabet a ficarem aquém das expectativas. O enfraquecimento da procura, a continuada disrupção da cadeia logística, a guerra na Ucrânia, o fortalecimento do dólar e a ameaça de recessão estão a ter impactos significativos nos resultados.
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Foi também isso que se viu com a Apple, embora o abrandamento tenha sido menor que o esperado. O produto-estrela da companhia, o iPhone, registou um aumento das receitas na ordem dos 3%, para 40,67 mil milhões de dólares. Também aqui os números foram melhores que o consenso dos analistas.
Já a categoria de Serviços, uma das que mais tem crescido nos últimos trimestres, subiu 12% para 19,6 mil milhões, ligeiramente abaixo do que se previa.
As outras categorias sofreram reduções. O computador Macintosh caiu 10% para 7,38 mil milhões, o iPad -2% para 7,22 mil milhões, e os outros produtos (onde se incluem o Watch e os AirPods) recuaram 8% para 8,08 mil milhões. Tim Cook sublinhou que, no caso do Mac e do iPad, os problemas logísticos levaram a que não houvesse produto suficiente para satisfazer a procura, o que levou a uma quebra.
Luca Maestri, diretor financeiro da Apple, frisou que este foi um recorde de receitas para o trimestre de junho. A empresa não publicou orientações para o próximo trimestre, durante o qual lançará o novo iPhone. Maestri explicou que isto se deve à incerteza que se vive e não deverá melhorar nos próximos meses.
O diretor financeiro disse, ainda assim, que a empresa espera que haja um crescimento das receitas e os problemas logísticos sejam aliviados, apesar de avisar para o abrandamento. O fortalecimento do dólar vai continuar a afetar os resultados de forma significativa, visto que grande parte das receitas da empresa tem origem emvendas fora dos Estados Unidos.
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