Partilhareste artigo
O relatório final da comissão de inquérito ao Novo Banco foi aprovado esta terça-feira mas com o voto contra do Partido Socialista.
O CDS-PP absteve-se na votação que decorreu esta tarde. Os restantes partidos votaram a favor do documento.
“O relatório, nos termos em que foi aprovado na especialidade, ficou aprovado”, disse Fernando Negrão, presidente da comissão.
O documento final que foi aprovado aponta responsabilidades ao governo de Pedro Passos Coelho no processo de resolução do Banco Espírito Santo (BES) e ao atual governo liderado por António Costa, na forma como foi efetuada a venda do Novo Banco à Lone Star. O relatório deixa ainda críticas ao Banco de Portugal e à Comissão Europeia.
Subscrever newsletter
O documento foi aprovado sem um relator, já que o deputado do PS Fernando Anastácio pediu a renúncia. “Independentemente de juízos e de opiniões e de críticas, (…) não me revejo na solução final. Obviamente, não mantenho a condição de relator”, afirmou o deputado do PS.
O relatório final conclui que a resolução do BES e a capitalização inicial do Novo Banco, no montante de 4900 milhões de euros, foi “uma fraude política”. Também conclui que o governo do PS teve responsabilidades na venda do Novo Banco em 2017.
“Este relatório responsabiliza ambos os governos, na minha opinião, na conta certa”, disse a deputada bloquista Mariana Mortágua na sua declaração de voto.
Segundo o deputado do PS João Paulo Correia, “este relatório tem uma parte onde a verdade está prejudicada”. “O PS não pode acompanhar este relatório desta forma”, afirmou antes das votações.
Para o deputado, as conclusões aprovadas relativamente à venda do Novo Banco “são conclusões puramente políticas” e que “não têm correspondência factual”. concluindo que se trada de um “ataque partidário” dirigido ao PS. “São conclusões falsas que nós não podemos aceitar”, indicou.
“Zangaram-se as comadres, apuraram-se as verdades”, disse o deputado comunista Duarte Alves, frisando que o relatório final corrige uma “falha grave” ao não “ilibar” ambos os governos que estavam no poder aquando da resolução do BES e da venda do Novo Banco.
Atualizada às 17H29 com mais informação
Deixe um comentário