O príncipe saudita, Mohammed bin Salman, já deu luz verde à oferta pública inicial (IPO) da petrolífera Saudi Aramco, devendo a operação ser anunciada no domingo, 3 de novembro, avançou a Reuters, citando cinco fontes anónimas.
“O príncipe finalmente deu luz verde”, disse uma das fontes ouvidas pela agência noticiosa. A Aramco não quis comentar.
A operação, anunciada em 2016, tem estado bloqueada na avaliação. A Arábia Saudita pretende uma avaliação de 2 biliões de dólares para a Saudi Aramco, mas bancos de investimento e potenciais investidores, apontam para um valor mais perto dos 1,5 biliões. Mesmo assim, a empresa seria 50% mais valiosa do que as companhias mais valiosas do mundo. A Microsoft e a Apple têm uma avaliação bolsista na ordem de 1 bilião.
Riade deverá colocar em Bolsa entre 1 a 2% da companhia petrolífera, pretendendo levantar no mercado entre 20 e 40 mil milhões de dólares. Se a operação exceder os 25 mil milhões de dólares, será o maior IPO do mundo, superando os 25 mil milhões obtidos em 2014 pelo gigante chinês de ecommerce Alibaba.
Uma fatia total de 5% poderá ser eventualmente colocada no mercado. De acordo com a Reuters, a companhia petrolífera terá abordado governos do Golfe e da Ásia, incluindo a China, para assegurar que o grosso da participação ficará nas mãos de países com boas relações com a Arábia Saudita.
Produzindo 10% do petróleo mundial, a Aramco é a empresa mais rentável do planeta. Segundo estimativas das agências de rating Fitch e Moody’s, o ano passado a empresa saudita teve lucros de 111,1 mil milhões de dólares, mais do que os lucros conjuntos das cinco maiores petrolíferas do Ocidente, que a são a Exxom Mobile, Shell, BP, Chevron e a Total.
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