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A Floene fez saber esta quinta-feira que o projeto “A Energia Natural do Hidrogénio”, que está a ser desenvolvido no Seixal, está a despertar interesse internacional. Uma delegação de 12 políticos alemães, do Estado Federal da Saxónia-Anhalt, visitou na quarta-feira as instalações da energética, procurando estabelecer um intercâmbio de experiências.
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O projeto da Floene está a ser testado desde 2021, tendo sido concretizada a primeira injeção de hidrogénio verde (H2) na rede de distribuição de gás em Portugal, no início de março. O projeto “A Energia Natural do Hidrogénio” está a abastecer um conjunto de 82 clientes residenciais, terciários e industriais. Atualmente, os clientes abastecidos estão a receber uma mistura de 12% de hidrogénio verde com gás natural, aumentando a percentagem de H2 até um máximo de 20%.
De acordo com a Floene, o H2 em causa é produzido “com energia 100% renováve,” no Parque Industrial do Seixal, pela Gestene. Após da produção e armazenamento, o H2 percorre 1400 metros num gasoduto de polietileno, igual a cerca de 95% da rede de gás utilizada em Portugal, até uma estação, onde é misturado com gás natural, sendo depois distribuído aos clientes.
Esta experiência tem “inspirado outros projetos a nível nacional e internacional”, de acordo com a antiga Galp Gás Natural Distribuição.
Citada em comunicado, a presidente da comissãoda Ciência, Energia, Proteção do Clima e do Ambiente do Parlamento do Estado da Saxónia-Anhalt, Kathrin Tarricone, que chefiou a delegação germânica, afirma estar “impressionada com a arte da engenharia apresentada”.
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“A tarefa política, agora, consiste em apoiar a implementação prática em larga escala”, declara.
Procurando assegurar uma relação de troca de experiências, Armin Willingmann, ministro da Ciência, Energia, Proteção do Clima e do Ambiente, do referido Estado, reconhece “esforços muito sérios [desenvolvidos no Seixal] no fornecimento de H2”.
Sinalizando abertura para uma parceria luso-germânica, Gabriel Sousa, presidente executivo da Floene, assegura que “a rede da Floene, sendo uma das mais modernas da Europa, está preparada para receber gases renováveis sem necessidade de adaptação ou investimento adicional, o que constitui uma importante mais-valia para a implementação da estratégia de descarbonização da infraestruturae da economia”.
“Este projeto tem funcionado com um laboratório para o desenvolvimento de outros de maior escala”, conclui.
A delegação germânica integrava, ainda, representantes da Embaixada da Alemanha em Portugale da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã.
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