A população do Zimbabué só consegue pagar as contas graças à ajuda da Tesla. Com falhas de energia de 18 horas por dia e muito dependente da rede móvel, a Econet, a maior operadora móvel daquele país africano, comprou 520 baterias da Tesla para manter as torres de telecomunicações a funcionar. E só assim é que esta economia continua a funcionar.
“As telecomunicações passaram a ser vitais para a economia. Se a rede falha, é impossível fazer transações no Zimbabué”, assume Norman Moyo, o presidente executivo da DPA – Distributed Power Africa, a dona da Econet, em declarações à Bloomberg. Com falhas constantes de dinheiro em notas e moedas, quase todas as transações passaram a ser feitas com os telemóveis
As 520 baterias da Tesla, chamadas Powerwall, começaram a ser instaladas no início de junho junto de 260 torres de telecomunicações da operadora do Zimbabué – há duas Tesla Powerwall por cada torre. Isto seguiu-se a um período de ensaios de um ano, segundo um texto publicado pela DPA naquela altura.
We will be deploying 520 Tesla Powerwall batteries to power Econet towers across Zimbabwe. The Powerwall batteries will improve solar storage greatly and in turn increase tower efficiency. https://t.co/u1iiXCD9jT…https://t.co/NcjknSUvoA… pic.twitter.com/8rghkWsw6B
— DPA Africa (@dpa_africa) 23 de junho de 2019
Numa altura em que o Zimbabué vive uma verdadeira crise energética, a escolha das baterias substitui o gasóleo habitualmente usado nos geradores das torres – este combustível também tem escasseado, o que tem gerado fortes aumentos de preços no país atualmente liderado por Emmerson Mnangagwa, que substituiu Robert Mugabe.
As baterias de lítio da Tesla estão ligadas a painéis solares e conseguem acumular energia suficiente durante o dia para alimentar as torres de telecomunicações durante 10 horas, à noite.
O sucesso da operação no Zimbabué pode gerar uma oportunidade de mercado para a empresa liderada por Elon Musk: a DPA já admite comprar mais baterias à Tesla para alimentar as 1300 torres de telecomunicações daquele país e estender o projeto à Zâmbia e à República Democrática do Congo. A nível mundial, as Powerwall também podem ser o melhor remédio para regiões onde há constantes falhas de eletricidade ou onde pura e simplesmente não existe corrente.
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