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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) instaurou 38 processos de contraordenação numa operação de fiscalização a estabelecimentos de restauração e bebidas na sexta-feira à noite, anunciou hoje.
A operação fiscalizou 163 operadores económicos em dez concelhos de norte a sul do país, tendo registado 38 infrações puníveis com coima, “no cumprimento das regras aplicáveis no contexto da pandemia da doença da covid-19”, segundo a mesma fonte.
Cinco estabelecimentos foram “suspensos temporariamente, por incumprimento das regras estabelecidas”.
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A imposição da detenção do chamado ‘certificado digital’ ou testes covid para a entrada em restaurantes à sexta-feira à noite e aos fins de semana e em hotéis tem gerado polémica. Alguns estabelecimentos escusam-se a cumprir a medida e milhares de pessoas participaram em manifestações a favor da abolição do ‘certificado digital’ e do fim de medidas discriminatórias em Portugal, à semelhança do que tem acontecido em outros países europeus.
Segundo a ASAE, a operação de fiscalização levada a cabo na última sexta-feira à noite contou com a colaboração da PSP e da GNR e visou as localidades de Ovar, Ponte de Lima, Vila Real, Águeda, Albergaria-a-Velha, Oliveira do Bairro, Castelo Branco, Nazaré, Quarteira e Vilamoura, no concelho de Loulé, e Albufeira.
Das 38 contraordenações instauradas, 19 foram “por falta de observância do dever de apresentação e detenção de certificado digital ou testes covid, por parte de clientes”, seis por “inobservância das regras de funcionamento dos estabelecimentos de restauração e similares”, três “por falta de observância do dever de solicitação e verificação, por parte dos responsáveis de estabelecimentos, do certificado digital ou testes Covid”, duas por “falta de observância das regras de ocupação, de lotação, de permanência e distanciamento físico” e uma por “venda de álcool a menores”.
A ASAE garante que “continuará a desenvolver ações de fiscalização, no âmbito das suas competências, em todo o território nacional”, para garantir o “cumprimento das regras de saúde pública determinadas pela situação pandémica”.
O Governo anunciou na passada sexta-feira que Portugal vai deixar de estar em estado de calamidade devido à evolução da pandemia, passando a estado de contingência no que diz respeito às medidas para conter a covid-19, permitindo o levantamento de algumas restrições.
Foram atribuídas em todo o mundo pelo menos 4.401.486 mortes à covid-19, entre mais de 209,9 milhões de casos positivos registados desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, foram atribuídos 17.622 óbitos à doença provocada pelo novo coronavírus e foram registados 1.014.632 casos positivos, segundo a Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
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