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Os 3500 espaços comerciais e de restauração representados pela Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR) registaram uma quebra de 28,6% na faturação no ano passado, em comparação com 2019, antes do surgimento da pandemia. O número foi apurado pela AMRR num inquérito aos associados. Para a associação, estes dados são preocupantes e acumulam com a queda 37,6% em 2020.
Miguel Pina Martins, o presidente da AMRR, citado em comunicado, considera que “estes números confirmam os dois anos absolutamente devastadores para o comércio a retalho não alimentar e para a restauração. A estes setores tem sido pedido para fazer um esforço e um sacrifício para defesa da saúde pública e do bem comum. Mas importa que não sejam deixadas para trás e que haja uma verdadeira distribuição de sacrifícios na nossa sociedade”.
Por isso, em plena campanha para as legislativas, a associação avança com 11 propostas aos partidos políticos de apoio ao setor. A AMRR sublinha “que em 2021 os espaços comerciais estiveram encerrados (cerca de três meses) ou limitados no desenvolvimento da sua atividade (na maior parte do ano), designadamente ao nível dos horários e do rácio de lotação”.
A AMRR sugere medidas na área fiscal, nomeadamente a redução temporária do IVA na restauração; o “alargamento a todas as empresas (com o limite de volume de negócios de 50 milhões de euros)” de pagarem os impostos e contribuições para a Segurança Social a prestações; a redução da taxa de IRC e o fim do Pagamento Especial por Conta (medida que estava na Proposta de Orçamento do Estado para 2022 que acabaria por ser chumbada pelo parlamento).
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A associação pede, igualmente, a reativação do programa Apoiar durante este primeiro semestre, “permitindo ainda a sua aplicação às empresas cujo volume de negócios não ultrapasse os 50 milhões de euros”; a reativação do Programa Apoiar Rendas; “compensação financeira igual a 20% do valor total da quebra de faturação das empresas do retalho e da restauração entre os dias 26.12.2021 a 09.01.2022, apurada em comparativo com o valor médio de faturação entre 01 e 24 de dezembro de 2021”; e também ajudas para compensar o aumento dos custos energéticos.
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