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O polo de Matosinhos da ATEC-Associação de Formação para a Indústria é uma instituição que se dedica à formação prática e profissional direcionada para o trabalho técnico. “O objetivo da escola é apoiar o tecido empresarial da região e, desta forma, são desenvolvidas formações de acordo com as necessidades da área”, conta ao Dinheiro Vivo o diretor da ATEC para Matosinhos, Paulo Peixoto.
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Este é um projeto em conjunto com a autarquia local, com apoio financeiro do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). “Os alunos não têm quaisquer custos com o curso”, avança o responsável.
Os alunos podem frequentar os seguintes cursos: Eletrónica e Automação, Automação Robótica e Controlo Industrial, Informática, Automóvel, Metalurgia e as Energias Renováveis, sendo que estas são as áreas mais necessitadas de profissionais nas empresas da região.
Na prática existem 19 planos de estudo, com uma duração de três anos, em diurno ou pós-laboral, e cada turma tem uma ocupação limite de 20 formandos. Existem duas vertentes na academia: os cursos de aprendizagem, que dão equivalência ao ensino secundário (que, de acordo com a tabela do IEFP, equivale ao nível quatro) e os de especialização tecnológica, uma formação mais profissional (nível cinco).
“Os cursos de formação profissional têm uma característica muito peculiar”, diz o diretor. Não só são teóricos, como também são práticos, tendo uma forte ligação empresarial, comparando com outras instituições. “A parte prática ocupa 70% do curso, e o resto é teórico. O objetivo é saber fazer e estar junto das empresas, preparar para o futuro”, enfatiza o profissional.
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A instituição afirma que há 90% de empregabilidade. Mas, será na área? “O indicador não é feito para se comprovar se esta percentagem é na área ou não. Mas, do que vemos quando encerramos as turmas, é que os alunos ficam a trabalhar ou na empresa onde estagiaram ou já têm alguma empresa dentro da área em que vão trabalhar”. O diretor acrescenta que “as áreas tecnológicas têm uma contínua procura de profissionais”.
Modalidades de ensino
Dependendo da modalidade na instituição, há estágios curriculares, devido ao acordo com 400 empresas no Norte, para serem feitos no percurso académico e a que todos os alunos têm acesso.
“A ATEC privilegia a dualidade. Os alunos vão aprendendo, mas vão começando desde o início a ter contacto com as empresas e a aplicar técnicas aprendidas na academia”. Após o contacto com as entidades, os alunos voltam com dúvidas e aprendem de novo para aplicar novamente nas empresas.
No primeiro ano, no curso de aprendizagem, existe um estágio de 300 horas. A partir do segundo e terceiro anos, entra-se num regime dual, onde dois dias são passados na instituição e três numa empresa. Nestes dois anos os estágios têm duração entre 450 até 750 horas.
Por seu turno, nos cursos de especialização tecnológica o objetivo é aprofundar conhecimentos. “São aulas teóricas lecionadas na instituição e depois, na reta final, vem o estágio com 400 a 560 horas”.
E a idade? Não existe um limite de idade para frequentar a academia e o profissional explica o porquê. “Não há limites. Temos é de verificar, dentro das modalidades de aprendizagem, como funciona a área de formação. Temos cursos que podem ser frequentados por alunos com 15 anos e que vão até à idade da reforma”.
O próximo ano letivo da ATEC já está em andamento. E há novidades da instituição. “Está disponível o curso de Refrigeração e Climatização e de Gestão e Controlo de Energia, uma aposta que reforça a área das Energias Sustentáveis”.
A ATEC tem um conjunto de quatro promotores: três empresas (Volkswagen Autoeuropa, Siemens e a Bosch Termotecnologia) e a associação da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã).
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