O auditor independente nomeado pela CMVM para determinar a contrapartida que a Cofina irá pagar na OPA à Media Capital, a dona da TVI, já tem um valor: 1,90 euros. Assim sendo, mantém-se o valor da oferta do grupo de Paulo Fernandes.
“[C]onsiderando o trabalho desenvolvido pelos diferentes métodos e as limitações identificadas, nomeadamente ao nível do método dos múltiplos de transação (face à impossibilidade de aplicação de alguns dos rácios pretendidos), apurámos que o valor médio da ação da Média Capital, para 100% do capital, corresponde a 1,90 euros, que resulta da ponderação equitativa das duas abordagens (múltiplos de cotação e de transação”, diz o auditor citado em comunicado enviado pela CMVM.
Assim, sendo, refere o regulador de mercado “a contrapartida mínima assim determinada é inferior ao valor oferecido pela Cofina no Anúncio Preliminar, de 2,3336 euros (dois euros, trinta e três cêntimos e trinta e seis centésimas de cêntimo), pelo que, atento o disposto no art. 175.º, n.º 2 do Cód.VM, o valor da contrapartida a pagar no âmbito da referida Oferta deverá ser de 2,3336 euros”.
A CMVM nomeou um auditor independente na sequência de a Cofina pretender beneficiar da derrogação do dever de lançamento de Oferta Pública de Aquisição subsequente, “e em virtude da antecipada convolação daquela oferta em obrigatória, uma vez preenchidas as condições suspensivas de que depende a produção de efeitos do contrato celebrado entre a Cofina e a Promotora de Informaciones, S.A. para a aquisição de ações representativas de 100% do capital social da Vertix, SGPS, S.A. (as quais são semelhantes às condições de que depende o lançamento da própria oferta).”
O procedimento relativo ao registo da referida Oferta Pública de Aquisição não se encontra ainda concluído, refere ainda a CMVM.
A Vertix da Prisa detém 94,69% da Media Capital, tendo a venda já sido aprovada pelos acionistas da Prisa, estando ainda 5,05% nas mãos do galego Abanca e apenas 0,26% em free float.
A Cofina já aprovou um aumento de capital até 85 milhões de euros, prevendo o mesmo a entrada de novos acionistas no grupo. Além de o Abanca, o empresário Mário Ferreira, dono da DouroAzul, é um dos nomes apontados como um dos futuros acionistas da Cofina.
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