O ministro das Finanças defende que o salário mínimo nacional (SMN) deve ter um aumento com “significado” em 2021, mas também deve ser “equilíbrado” para que as empresas consigam acompanhar a atualização, sobretudo as que têm mais trabalhadores com este nível de rendimentos.
“Achamos que devemos aumentar o salário mínimo no próximo ano. Tem que ser um aumento com significado, mas tem que ser um aumento equilibrado que permita aos setores mais afetados pela crise, com muitos trabalhadores com salários mínimos, também conseguirem face a esta nova situação”, afimrou João Leão em declarações transmitidas pela SIC Notícias a partir de Berlim, à margem da reunião do Eurogrupo.
O ministro das Finanças trava, assim, maiores expectativas com uma atualização muito grande da retribuição mínima nacional, apontando um duplo compromisso: “por um lado aumentar o rendimento dos trabalhadores com salários baixos e dar um sinal importante ao resto da economia, mas também tem que haver um compromisso com a capacidade das empresas suportarem esse aumento do salário mínimo”, frisou o governante.
Valor em discussão
Questionado sobre o valor considerado “com significado”, o ministro das Finanças recusou avançar números, justificando com as negociações que ainda decorrem com os partidos da oposição e os parceiros sociais.
“Seria prematuro [avançar valores] sem primeiro auscultar os parceiros sociais e promover o diálogo na concertação social”, afirmou o titular das Finanças, acrescentando que só depois “fará sentido começar a fazer propostas sobre qual é que será o valor do aumento do salário mínimo nacional.”
“Nesta fase seria prematuro porque não permitirá e não criaria espaço para ouvir com toda a atenção as opiniões dos diferentes parceiros sociais”, sublinhou.
No discurso da tomada de posse, em outubro do ano passado, o primeiro-ministro apontou para um valor de 750 euros no final da legislatura, em 2023.
Notícia atualziada às 18h30
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