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Embora ao alcance de poucos, a Rolls-Royce é uma das marcas que povoa o imaginário de muitos entusiastas do mundo motorizado, sendo reconhecida globalmente pelo seu estatuto praticamente ímpar no mercado dos automóveis de luxo. Esse mesmo posicionamento é agora reforçado pela sua aposta na eletrificação, com o novíssimo Spectre a sublimar os conceitos de suavidade, requinte e conforto que são comummente associados à Rolls-Royce.
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Tratando-se de um automóvel de nova geração, o novo Spectre dirige-se igualmente a um outro tipo de cliente, mais jovem e mais atento à questão da sustentabilidade, sendo este um objetivo declarado da marca – trazer novos clientes que apreciam as qualidades dos elétricos, mas que não descuram a já conceituada filosofia de luxo fora de série que é intrínseca à Rolls-Royce. A este respeito, note-se que a marca está comprometida com o objetivo de vender apenas automóveis elétricos a partir de 2030, com a expectativa gerada pelo Spectre a ser, de acordo com os responsáveis da companhia, um bom indicador para a aceitação deste tipo de tecnologia por parte dos seus clientes.
Para a Rolls-Royce, cada novo modelo é preparado com um foco máximo no conforto e atenção aos detalhes, tanto nos materiais escolhidos, como na apresentação visual. O Spectre não é exceção e cada painel de carroçaria e, sobretudo, o interior, beneficiam de apresentação irrepreensível. Sobressaem os bancos altamente confortáveis, a adição da tecnologia para diversas funcionalidades (por exemplo, para fechar as portas) e as áreas de contacto soberbamente revestidas, havendo até pormenores impressionantes como a própria haste seletora de velocidades atrás do volante revestida em pele, com ponteado em combinação a condizer com tablier e portas. O cliente tem a sua participação em cada detalhe, sendo a personalização uma área bastante rentável para a Rolls-Royce.
A carroçaria de estilo coupé decorre do programa de desenvolvimento extremamente exigente, resultando numa silhueta que fomenta a eficiência e a elegância. No caso do Spectre, com configuração de lugares 2+2, obteve-se um valor de apenas 0.25 Cd, sendo assim o seu carro mais aerodinâmico de sempre. A própria estatueta na ponta do longo capot, denominada “Spirit of Ecstasy”, foi modelada ao longo de mais de 800 horas em túnel de vento para ser mais eficiente.
Rapidez silenciosa
O Rolls-Royce Spectre conta com dois motores elétricos, um por cada eixo, para uma potência combinada de 430 kW/585 CV e 900 Nm de binário, o que lhe permite acelerar dos zero aos 100 km/h em apenas 4,5 segundos. A bateria tem uma capacidade de 102 kWh (com materiais provenientes de fontes estritamente controladas da Austrália, Marrocos e Argentina) para 530 Km de autonomia prevista. O carregamento pode ser feito a 195 kW (CC), bastando-lhe 34 minutos para repor de 10 a 80% do estado de carga.
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Tendo passado por Portugal para se “apresentar” a jornalistas e potenciais clientes, na zona de Cascais, o Spectre impressiona pelas dimensões, em primeiro lugar. Com 5453 mm de comprimento, quase atinge as três toneladas de peso total (2975 Kg), mas isso não é impeditivo para prestações bastante velozes e decididas, respondendo com entusiasmante fulgor à maior pressão do acelerador. Tudo isto feito, no entanto, com relativa serenidade, fruto do trabalho dos engenheiros para que as acelerações ou travagens sejam compensadas pela suspensão, de forma a que a carroçaria esteja sempre “plana”. Neste sentido, dinamicamente, o amortecimento cuidado é regra, com o eixo traseiro direcional a ajudar nas manobras mais apertadas ou em curva.
Igualmente presentes neste evento organizado pela Rolls-Royce Mónaco, o Ghost e o Cullinan (em versão Black Badge com detalhes mais desportivos) reforçaram a postura de luxo incomparável. Ambos partilham motor de combustão V12 e dimensões desconcertantes, sobretudo no caso do SUV Cullinan, que se tornou no modelo de maior sucesso comercial da marca que, em 2022, ultrapassou pela primeira vez na sua história a fasquia das 6000 unidades vendidas em 12 meses (6021).
Uma breve passagem pelo mundo do “Euromilhões”, já que cada unidade ensaiada tinha um custo superior a 500 mil euros.
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