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Os dados são do Banco de Portugal, foram divulgados esta terça-feira e e indicam que os bancos portugueses perderam mais de 2000 colaboradores e encerraram 655 balcões em 2020. Mas o cenário tenderá a ser pior com o registo já deste ano, em que vários bancos estão a preparar centenas de saídas.
Tal como o Dinheiro Vivo indicou este fim de semana, o processo mais recente deve envolver 650 trabalhadores do Santander e do Millennium bcp, que podem ainda vir a sair dos bancos caso estes avancem com processos de despedimento coletivo. A reestruturação da banca poderá fazer sair até 3 mil trabalhadores do setor só durante este ano.
Voltando ao comunicado do Banco de Portugal que atualizou as séries longas do setor bancário português, os dados de 2020 revelam que a maioria das duas mil saídas de bancos portugueses aconteceu na atividade externa – num total de mais de 1300 postos de trabalho extintos (65% do total, com 700 a registarem-se em território nacional).
No caso do balcões foram 655 a fechar e mantém-se a tendência com 69% (453) a serem no exterior e apenas 202 agências a serem em Portugal.
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Já na década como um todo (até 2020), o Banco de Portugal contabilizou o corte de 18 mil postos de trabalho no setor da banca portuguesa, com o número de balcões a cair 40% – foi dos 8106 em 2010 para 4868 em 2020.
Há saídas previstas em quase todos os bancos nacionais (o BPI foi o único a não fazer anúncios) e seguem-se também protestos dos sindicatos para setembro, como o DV já noticiou. “Prevê-se que seja um final de verão muito quente para os bancários”, garantia este domingo ao DV Mário Mourão, presidente do SBN – Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal. “É possível que os sindicatos acabem por radicalizar as suas ações. Se os bancos insistirem no despedimento coletivo, não está excluída uma greve no setor”, adiantou.
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