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O Banco CTT registou at é setembro 59,7 milhões de euros em receitas, mais 16,9 milhões (+39,3%) do que há um ano. Mas, deste aumento 12,3 milhões são provenientes da 321 Crédito, adquirida em maio de 2019. “Excluindo esse efeito inorgânico, os rendimentos ascenderiam a 35,0 milhões de euros, (+14,9% do que no homólogo)”, precisa os CTT, que apresentou esta quarta-feira as contas dos primeiros nove meses do ano. O Banco CTT regista no período 41,2 de milhões de moratórias.
O crescimento dos rendimentos do Banco CTT “contou com a performance positiva da margem financeira de 32,8 milhões de euros até setembro (+73,7%). Excluindo a 321 Crédito, a margem financeira seria de 12,8 milhões de euros no período em análise (+40,5%)”, refere o operador postal, o acionista controlador do Banco CTT.
O Banco CTT viu crescer os depósitos de clientes para 1 571 mil milhões, mais 35,4% até setembro do ano passado e 22,4% do que no final de 2019. O número de contas fechou nas 505 mil (mais 66 mil do que até setembro de há um ano e mais 43 mil que no final de 2019). O rácio de transformação situa-se em 66,2%.
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As comissões recebidas do Banco CTT cresceram 56,5%, para 3,4 milhões de euros, “sobretudo pelo aumento na transacionalidade dos clientes (+16,8%) e das contas e cartões (+517,2%), impulsionado a partir do início no mês de abril pela introdução de um modelo de comissionamento do cartão de débito”.
As comissões recebidas relativas ao crédito ao consumo caíram 17,3% (-0,3 milhões) até setembro, “devido à redução dos volumes de produção no segundo e terceiro trimestre de 2020 e ao aumento do risco derivado do atual contexto económico. “
“A produção de crédito automóvel, com uma carteira líquida de imparidades de 536,2 milhões de euros (+14,2% face a dezembro de 2019), foi fortemente afetada pelo encerramento dos pontos de venda por força das medidas de confinamento, consequentemente as novas propostas angariadas observaram, a partir de meados de março, uma trajetória decrescente”, diz os CTT.
Imparidades e 41,2 milhões de pedidos de moratórias até setembro
Nos primeiros nove meses do ano foi registado um total de 8,5 milhões de imparidades e provisões, dos quais 5,8 milhões de euros no segundo trimestre, refletindo o efeito da evolução da carteira de crédito.
“Em consequência da degradação da situação económica”, as imparidades e provisões da 321Crédito atingiram os 7,9 milhões nos primeiros nove meses do ano, com 5,5 milhões no segundo trimestre e 0,9 milhões no terceiro. “Estas imparidades refletem, em grande parte, um forward looking de risco de crédito”, justifica CTT.
No final de setembro os “pedidos de moratórias formalizados atingem uma exposição total de 41,2 de milhões, representando 3,9% do total da carteira bruta de crédito”, informa os CTT.
“As moratórias privadas de crédito automóvel no montante de 27,6 milhões terminaram a 30 de setembro e representavam 40,1% do total das moratórias formalizadas. As moratórias públicas foram prolongadas até setembro de 2021”, dizem.
Já a carteira de crédito habitação líquida de imparidades situou-se em 494,3 milhões de euros (22,0% superior a dezembro de 2019). “A produção de crédito à habitação registou um decréscimo de 13,0% (-17,5 milhões de euros) face aos primeiros nove meses de 2019, após ter registado um crescimento no primeiro semestre de 3,5% (+2,9 milhões) face a igual período do ano anterior.”
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