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O Banco Português de Fomento (BPF) anunciou esta quinta-feira que apoiou cerca de 1 600 empresas portuguesas no primeiro semestre de 2022. O apoio do BPF ocorreu por via de instrumentos de capitalização através de 556 milhões de euros de financiamento garantido e do coinvestimento de 44,7 milhões de euros. Os apoios somam, assim, 600,7 milhões de euros.
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Num comunicado enviado à redação, o BPF revela que mobilizou um total de 379 milhões de euros em garantias emitidas, até ao final de junho. Ora, “efeitos multiplicadores deste produto demonstram que a afetação de fundos públicos possibilitou, ao longo deste semestre, apoiar o acesso a financiamento de 556 milhões de euros a aproximadamente 1 600 empresas portuguesas”.
Em causa estão verbas que “asseguram emprego a cerca de 57 400 trabalhadores”.
No final de junho, havia 15 instrumentos de garantia ativos, sendo que o “primeiro semestre do ano contabiliza uma carteira de garantias em vigor de aproximadamente 9,085 mil milhões de euros, em benefício de mais de 84 700 empresas”.
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O Banco de Fomento indica, ainda, que terminou a primeira metade do ano com 16 programas de investimento ativos, tendo aprovado 39 operações de capitalização em 37 empresas. Só aqui o banco identifica “um investimento total de 67,7 milhões de euros, dos quais 44,7 milhões de euros foram alocados pelo BPF”.
A instituição bancária do Estado, liderada por Celeste Hagatong e Ana Rodrigues de Sousa, prevê que o apoio a estas 37 empresas “se traduza no apoio à criação ou manutenção de mais de mil postos de trabalho”.
Já na tipologia de instrumentos de dívida, o BPF refere ter apoiado um total de 46 empresas, desde o início da sua atividade até ao final de junho deste ano. Num total de 49 operações de financiamento, que totalizam 74,9 milhões de euros em financiamentos aprovados, o banco estima estar a contribuir para “a criação e manutenção de, pelo menos, 860 postos de trabalho”.
O Banco de Fomento dá conta também do lançamento de três novos programas de investimento entre janeiro e junho, destacando o Programa de Recapitalização Estratégica e para o Programa Consolidar, “que totalizam uma dotação de 650 milhões de euros e que visam a capitalização das empresas portuguesas, quer através do investimento ou coinvestimento direto em empresas, quer através de parcerias a implementar com sociedades de capital de risco”.
Em fase de operacionalização estão dois novos instrumentos. O BPF não identifica quais são, mas refere que ambos têm uma dotação de 350 milhões de euros (só do lado do banco de investimento estatal), prevendo que esses instrumentos tenham um impacto de cerca de 700 milhões de euros na economia portuguesa. Os dois novos programas “visam o financiamento de projetos relacionados com a economia social ou de pequenos negócios”, de acordo com o mesmo comunicado.
Feito o balanço do primeiro semestre, o Banco de Fomento assegura que continua a ser uma das “grandes valias” para a política pública, tendo em conta a “capacidade de gerar um elevado grau de alavancagem na economia, através dos diversos instrumentos que disponibiliza – garantia, dívida e capital”.
A instituição argumenta que “os números da atividade continuam (e continuarão) a refletir a relevância que a instituição assume na promoção e no desenvolvimento económico de Portugal, apoiando o acesso ao financiamento e à capitalização para fomento do investimento, do empreendedorismo, da inovação, da internacionalização e da competitividade, assegurando a manutenção de emprego e a promoção da sustentabilidade”.
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