//Banco de Portugal agiu de forma “enérgica e assertiva” sobre o BES, diz diretor de supervisão

Banco de Portugal agiu de forma “enérgica e assertiva” sobre o BES, diz diretor de supervisão

O diretor do Departamento de Supervisão Banco de Portugal, Luis Costa Ferreira, considera que o supervisor teve uma atuação “particularmente enérgica e assertiva” em relação ao Banco Espírito Santo (BES) no ano que antecedeu a queda do banco.

O responsável do supervisor adiantou que a situação no BES teve origem exclusivamente nos “atos de gestão ruinosa”, tal como foi “decidido judicialmente, inclusive por tribunais superiores”.

Luís Costa Ferreira frisou que a responsabilidade da queda do banco “recai sobre os seus dirigentes”, cujos atos resultaram num custo global direto de “6.600 milhões de euros”, salientando que a resolução do BES “foi a solução possível”.

O diretor do Departamento de Supervisão do Banco de Portugal foi esta sexta-feira ouvido na Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução.

Na primeira audição da comissão, na passada quarta-feira, o coordenador do relatório ‘secreto’ sobre a atuação do Banco de Portugal na resolução do BES deixou críticas à ação do supervisor. João Costa Pinto considerou que o Banco de Portugal devia ter feito uma intervenção no BES mais enérgica e mais cedo.

Costa Ferreira era o responsável pela supervisão da banca no Banco de Portugal entre julho de 2013 e novembro de 2014, mas já estava do departamento há duas décadas. Saiu do cargo para ingressar nos quadros da PwC mas entretanto regressou ao Banco de Portugal para ocupar as atuais funções.