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“Portugal é uma história de sucesso.” Foi desta forma que Maria Dolores Dancausa, CEO do Bankinter, se referiu à prestação da filial portuguesa. Em seis anos, o banco (que adquiriu a rede de retalho do Barclays) passou de 10,7 milhões de euros de negócio em 2016 para 17,2 “o banco ganhou nome e reputação no país”.
Ainda em relação ao negócio no mercado nacional, Maria Dolores Dancausa revelou que o banco registou resultados positivos em todos os indicadores. A carteira de crédito malparado, por exemplo, é de cerca de 1,8%, valor abaixo da média do sistema financeiro nacional – os dados do Banco de Portugal indicam a fasquia de 4%.
Já no que concerne à carteira de crédito, esta cresceu 6% para 6,9 mil milhões de euros com os recursos dos clientes a atingirem 5,9 mil milhões de euros – o que representa um aumento de 23%. Quanto aos ativos geridos fora do balanço, os dados indicam um crescimento de 22% atingindo a fasquia dos 4,4 mil milhões de euros.
Feitas as contas, o Bankinter Portugal, no exercício de 2021, obteve 99 milhões de euros de margem de juros, o que representa um aumento de cinco mil milhões de euros (5%) face aos 94 mil milhões de euros obtidos em 2020. Quanto à margem bruta, ficou-se pelos 152 milhões de euros – 10% mais do que a registada no ano anterior. A explicação, segundo Maria Dolores Dancausa, está na boa evolução das comissões, que totalizou 61 milhões de euros.
Ainda sobre a operação portuguesa a CEO do Bankinter fez questão de frisar 2021 foi “um magnifico ano” e que a decisão de compra, há seis anos, assentou numa estratégia de continuidade e não de posterior venda. Aliás a executiva afirmou perentoriamente que o objetivo da instituição financeira que lidera é de crescer organicamente e que o banco não tem intenção de adquirir nenhuma outra entidade bancária em Portugal.
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Expansão positiva em todas as frentes
Nos resultados globais do banco o Bankinter registou, no ano passado, 1,3 mil milhões de euros, tendo sido, nas palavras de Maria Dolores Dancausa, um ano de crescimento recorde, no que concerne à atividade comercial: houve um aumento de 58% da produção hipotecária, um aumento de 12% da captação de recursos e de 30% de fundos de investimento.
Os bons resultados, segundo a CEO, devem-se, em grande medida, ao trabalho prévio de preparação e adaptação à pandemia, o que lhes permitiu, em pleno ano de recuperação económica, “consolidar a solidez financeira, a consistência da proposta de valor e o potencial de linhas de negócio” que estão “cada vez mais robustas e diversificadas”.
O banco registou evoluções positivas em todos os indicadores, com a margem operacional antes de provisões a indicar o “valor histórico de mais de mil milhões de euros”, montante que se revela 13,9% superior ao registado em 2020 e em mais 19% do que o conquistado no período antes da pandemia, em 2019.
Os valores obtidos também indicam uma taxa anual de crescimento composto do resultado depois de impostos de 15% entre 2012 e 2021, mesmo com o impacto dos baixos resultados do ano de 2020, ano de força da pandemia, devido a provisões extraordinárias.
Um outro dado importante é a liquidez, que no caso do Bankinter regista um gap comercial negativo com um rácio de depósitos sobre créditos de 108,5%. Este valor, referiu a responsável da instituição, permitiu que o Bankinter, no último teste de stress da Autoridade Bancária Europeia (EBA), fosse considerado como sendo o banco mais resiliente de Espanha, perante as situações macroeconómicas adversas que vivemos, e o terceiro melhor da Europa.
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